27 de mar. de 2008

Cecília

Ela não sabia para onde correr. Como é se sentir desse jeito? Dizem por aí que a gente gosta ou não de uma pessoa. Ela podia gostar e não gostar da mesma pessoa. E não sabia porque isso acontecia justamente com ela.

Cecília sempre foi complexa. Não complexa como toda mulher é, mas somente como ela podia ser.

As coisas nunca são do jeito que se quer. Ela sabia disso. Mas tinha medo. Medo do que podia viver. E sabia que o medo de viver a impedia de continuar.

Com medo de se machucar, Cecília excluía suas oportunidades. Não vivia uma história bonita por medo de haver fantasmas a rondá-la.

Percebeu, então, que por medo de viver a história de amor trazia os fantasmas pra pertinho dela.

E o MEDO se apoderou da história de Cecília e cometeu o maior dos pecados:

REPETIÇÃO em massa.

Repetiu-se as mesmas palavras, as mesmas dúvidas, as mesmas lágrimas, os mesmos surtos, os mesmos sumiços, os mesmos arrependimentos e o mesmo fim.
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"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de, pelo menos, estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.
(Clarice Lispector)
Quantas coisas perdemos por medo de perder.
(Paulo Coelho)

2 comentários:

Anônimo disse...

Avisa aí a sua amiga que ela não é a única não...

Eu também gosto e desgosto das pessoas, assim, muito fácil...

=)

Medella disse...

"Eu tenho medo. Medo, de me entregar pra você..."

Diga que minhas citações não estão cada vez melhores! rsssss

Beijos!