14 de ago. de 2007

Sobre o amor


Eu não tô aqui pra teorizar sobre o amor, muito menos sobre amores mal-resolvidos. Aliás, eu acho que nem entendo muito sobre isso, mas peguei um pouco do que aprendi com as minhas experiências e parei pra pensar nas coisas que acontecem com as pessoas. Não só comigo, mas com metade desse povaréu que anda por esses lugares lotados (fila de banco, praia, centro da cidade). A verdade é que todo mundo sofre ou já sofreu de dor-de-cotovelo. Não importa se essa dor é recente ou de estimação, mas é certo que têm amores mal resolvidos ou aquela paixão que não se evaporou por inteiro.
Essa semana, numa conversa com um amigo, fiquei pensando sobre o assunto. Cheguei à conclusão que, se não for verdadeira, pelo menos faz sentido.

As pessoas não estão gastando o amor. É isso mesmo. Os amores não são consumidos até o fim e, por isso, ficam assombrando as pessoas.

Aham, o amor acaba. Essa história de que o amor é pra sempre é lorota de contos de fadas. Não importa o tempo que leve, pode ser cedo ou levar mais de 20 anos pra isso acontecer. Na verdade, não é bem um fim, mas uma transformação. O amor vira amizade, parceria, companheirismo, lembrança... e, se for devorado até o fim, a transição é suportável. Agora, quando o amor é interrompido antes de se esgotar... ah, meu bem, vira uma dor-de-cotovelo in-su-por-tá-vel!

O amor precisa ser vivido, saboreado, mastigado, digerido! Esse tal de platonismo só funciona em novela e ainda corre o risco de ser "morto" pelo escritor porque tá tirando a audiência.
A vida real demanda energia mas falta tempo pra esperar, pra gastar! Viver precisa de totalidade. Precisamos passar por etapas no amor:

1 - atração, 2 - paixão, 3 - amor, 4 - convivência, 5 - amizade, 6 - tédio, 7 - FIM.

Esses itens precisam ser percorridos um a um até chegar ao ponto crucial do ciclo. Como já disse, pode levar algumas semanas ou durar muitos anos, mas precisamos passar por todas as etapas para que não haja espaço para as fantasias. Caso contrário, nossa vida vai empacar e seremos impedidos de viver novos amores. Se não chegarmos ao tédio e ao fim pela ordem natural do sentimento, se esse amor for "cortado" pela metade, ficamos imaginando as possibilidades de continuidade. A gente vai ficar pensando no que poderia ter dito e não disse, feito e não fez.

Por isso, sou a favor de gastar o amor. Use-o até o fim. Passe pelo que for, atravesse os obstáculos e não economize amor.

Saboreie aos poucos, deguste do adocicado inicial até o amargo final.

Amor é ciclo e precisa se completar sempre. É a vivência de todas as etapas que vai deixar a gente ser feliz ... Retomando o caminho a todo momento.

Olhe, pule, grite, fale, beije, abrace... chore! Só não deixe o medo te derrubar.

O medo pode levar a felicidade para o caminho oposto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Entrevista com o TM www.cenarock.com