31 de jan. de 2008

Mulher que faz pensar...

Há um tempo ganhei um Prêmio da Nica, do Doce Melodia. Hoje, ganhei da Fê, do Drapetomania.



Queria agradecer do fundo do meu coração a essas duas fofas que frequentam o Soda Cáustica e Guaraná! São vocês que me fazem escrever e me fazem refletir a cada linha que vocês escrevem. Obrigada!

Agora quero indicar este Prêmio para outras mulheres que me fazem pensar:

Lizzie, de Doces Deletérios;

Cristal, a louca de Dois Cigarros e Um Café;

Tititi, de A Mancheias;

Nica, de Doce Melodia e

Fê, de Drapetomania.

Beijos, queridos!!

29 de jan. de 2008

Fim do Tratamento Médico

Estou achando que meu namorado não quer assumir o namoro. Após várias tentativas de avisá-lo sobre o nosso relacionamento, ele não deu sinal de vida.

Dessa vez, o bilhete foi na porta da casa dele e sem assinatura nenhuma.

"Te encontro hoje."

Encontro marcado, mudei a programação.

Se ele foi ao meu encontro, deve ter achado outra pessoa por lá.

Agora eu terminei nosso caso e ainda não o avisei. Será que ele precisa ficar sabendo que acabou se não soube, ao menos, que havia começado?

P.S: Eu ia mudar a história e escrever ,de uma forma dramática, que eu tinha comparecido ao encontro e... adivinhem!? Ele estava lá, de mini - saia e salto alto! Porém, a minha moral e bom costume [?] falaram mais alto, e resolvi não justificar a minha ausência de atrativos criando um problema para ele. (Nada contra os homens que adoram usar mini-saia e salto alto mas, para mim, não ia ter muita serventia, sabe?)

E aqui "JAZZ" mais uma História de Apartamento transformada em atitudes reais.



"Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral. Sei lá, não quero ser injusto nem nada - apenas me ferem muito esses teus silêncios."
(Caio Fernando Abreu)

28 de jan. de 2008

Todo mundo (não) espera alguma coisa...

Ela achava que tudo estava perdido. Quando o encontrava, ele a encarava. Olho no olho e um sorriso de "Que bom te ver" a faziam rir pelo resto do dia. Já estava acostumada a ver essas situações interrompidas, não pedia nada além do sorriso de cada dia. Porém, aquele dia, tudo ia ser diferente.

Cutuca o irmão, cutuca a mãe, doa o telefone.

O encontro aconteceu mais uma vez, na sua casa, como convidado do próprio irmão.

Não estava pronta. Bob na cabeça, maquiagem por terminar. Ela não apareceu pra falar oi. Continuou no quarto, buscando um jeito de ficar apresentável.

Quando pensou ter concluido (não tinha mais nada que pudesse melhorar), apareceu para o esperado oi e a reação dele a surpreendeu.

Olhos estirados, boquiaberto.

"-Uau."

A primeira palavra antes do olá.

E o sorriso dela a denunciou. Não tinha nem como ser durona dessa vez, diante da simplicidade do palhaço.

No meio da noite, os olhos entregavam os dois aos seus desejos. Não havia como esconder aquilo que acontecia há tanto tempo.

Ele finalmente tomou coragem e a pegou nos braços, acolhendo seu corpo de forma apaixonada e beijando-lhe a boca de forma inesperada.

A pele, o perfume, a palavra, o beijo. Um extasê natural para ela e mais uma dúvida para a vida.

- Tô com medo de falar com você, já é quase uma especialista na língua portuguesa.

- Odeio a gramática normativa mas, se tem medo, não precisa falar nada não.

Smack.












"Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
frente a frente...
...Sempre...
... a se olharem...
Pensar talvez:
"Paralelos que se encontram no infinito..."
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas."
(Pablo Neruda)

24 de jan. de 2008

Keep Running

Enquanto fazia seu exercício diário corporal, exercitava também a mente. Fez conjecturas à respeito do futuro, que chegaria após o carnaval e, depois disso, o inevitável aconteceu.

Qual é o pensamento inevitável para uma mulher independente? Ela trabalha, ganha sua grana, faz as coisas que deseja, tem inteligência suficiente para ultrapassar os obstáculos e concluir etapas preciosas de seu caminho. No meio de tanta coisa, resta-lhe tempo para se dedicar à relacionamentos?
Prestou atenção às pedrinhas na rodovia. Deixou que aquilo atrapalhasse sua corrida? Nunca.

Não deixava de lado sua família. Sempre cuidava para que seus pais pudessem ficar um pouco tranquilos e seus irmãos não precisassem abdicar de nada nesta vida. Seu amor a eles era colocado em prática todos os dias, fazendo por eles o que já haviam feito por ela.

Queria entender por que se fazia assim tão dura. Ainda sonhava com o mocinho de filme americano, que chega armado e acaba levando o coração da mocinha embora. Ou não. Talvez quisesse alguém para conversar, divergir, sumir. Alguém que sentisse falta e batesse à sua porta pedindo pra voltar, pra não deixá-lo mais. Ela já havia passado por isso também, mas essas atitudes foram tardias para ela, que não o amava mais.

Sabia da existência do carinha tranquilo, sossegado, que usava jeans, camiseta branca e camisa aberta, completando o look cult-relaxado da vez. Ele estava ali, pertinho dela e não podia se aproximar. E ela não sabia mais como fazer essas coisas de quando era meninota, na época da escola. Precisava reaprender a tática do olho - no - olho, cinema, pipoca e boca-na-boca. Mas não era mais simples desse jeito. Havia preço a pagar. O problema maior é que ela não tinha mais coragem de pagar o preço alto. Arriscar se tornou uma palavra riscada do seu vocabulário, para sua maior infelicidade.

"Frágil - você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."

(Caio Fernando de Abreu)

22 de jan. de 2008

Dicas de como paquerar na rodoviária.

1)Chegue de mansinho e sente. Você deverá carregar uma maleta cinza com colantes do canadá.

2) Abra a maleta e retire de lá uma flauta.

3) Comece a tocá-la. Nos intervalos de tempo, alterne batucadas nas pernas.
P.S: Cuidado, a moça ao lado pode ser pré-histórica e resolver quebrar a sua flauta na SUA cabeça.

4) Compre um pacote de salgadinhos e comece a mastigar. Com os dentes cheios de massa, lance um sorriso na direção da pretendida.

5) Cutuque o nariz e limpe na cadeirinha plástica.

6) Ao entrar no ônibus, cruze os dedos e espere para ver se conseguirá sentar ao lado dela.

7) Se a dica número 6 não der certo, seja cara de pau e pergunte se o acento está ocupado.

8) Faça cara de nerd e carregue um óculos ao seu lado.

9) Tente se aproximar e puxar assunto.

10) Se nenhuma dessas dicas deu certo, desista. Você realmente é um fracasso.

"É na arte que o homem se ultrapassa definitivamente."

(Simone de Beavouir)

Eu sei que isso não tem muita graça para a maioria de vocês, mas é engraçado pra quem está na rodovíária aguardando o horário de ônibus com mais duas amigas e, de repente, vê uma situação maluca. A minha imaginação não conseguiu ir muito longe, mas narrei as dicas de como paquerar na rodoviária para as minhas amigas e elas acharam que eu nunca falei tanta besteira em toda a minha vida. Isso foi só pra constar e não ficar só na idéia. Desculpem o non sense.
Beijos.

19 de jan. de 2008

O aviso médico

Esta semana resolvi avisar meu médico sobre nosso namoro, antes que eu me casasse sem ele saber.

Passei em frente ao hospital e ele estava de plantão. Parei, peguei um papelzinho, uma caneta e... letras pra quem tem coragem! Escrevi um bilhetinho de aviso e coloquei na porta do carro dele.

"R......,
Nosso namoro já passou do tempo e amadureceu. Devemos nos casar.
Ligue-me assim que houver a possibilidade de negociarmos o seu conhecimento nessa relação. Beijos,
Natália."


Depois disso, passei num supermercado e comprei lustra-móveis pra poder ficar bonita.
"Se tu me amas,
ama-me baixinho.
Não o grites de cima dos telhados,
deixa em paz os passarinhos.
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
... tem de ser bem devagarinho,
...amada,
...que a vida é breve,
...e o amor
...mais breve ainda."
(Mario Quintana, Bilhete)

14 de jan. de 2008

Explicação

Festas mil-maravilhas. Anel do Capitão Planeta. Vestido Marilyn Monroe. Amigas engraçadas. Bebida. Comida. Música. Palhaçada. Homem pré-histórico e puxão de cabelo (maldito). Cansaço. Rodovia. Casa. Tarde. Aniversário de criança. Beijo de criança. Bolo de chocolate. Brigadeiro. Sono. Cama.

E foi assim meu fim de semana! ;)










"Essa idade,
tão fugaz na vida da gente,
chama-se "presente"
e tem a duração do instante que passa."
(Mário Quintana)

8 de jan. de 2008

Cecília

A angústia dela não era de pedra, era um misto de sonho e desesperança que não acreditava existir. Queria acreditar que alcançaria a sua liberdade. Não a liberdade comum, o direito de ir e vir ela já tinha há muito tempo. Precisava gritar, sem ser julgada louca. Colocar pra fora tudo aquilo que a estava sufocando e não sabia como se livrar. Havia conseguido se desvencilhar disso, achava que havia aprendido uma lição. Agora ela sabe que não aprendeu e que não tinha controle nenhum sobre o que estava sentindo. Não conhecia meios de sobreviver àquilo, não podia competir com o maldito acaso que insistia em bater à sua porta. Sua ousadia estava no fim.

Quando olhava no espelho, enxergava os olhos de uma pessoa que já estava cansada em demasia, como se houvesse vivido meio século. Ela queria escrever, mas seus escritos pareciam coisas imperfeitas, insensatas. Estava então se tornando características próprias dela? Já não suportava a sensação de não ter o tempo necessário para ler tudo que gostaria, ouvir tudo que precisaria e realizar tudo que sonhou. Mas, no fundo, também sabia que ia além, não ela, mas o mundo. Sabia que nada era igual ao que já viveu. Talvez só estivesse perdida, confusa e desejando chegar a um caminho sem percorrer a estrada necessária. Talvez quisesse alguém que a arrancasse daquele delírio com a dose de realidade que havia perdido.

Ela conhecia o segredo daquele olhar triste. Sabia que seus temores eram reais e que não haveria como destruí-los. Até queria acreditar que seria diferente desta vez, mas já tinha passado diversas vezes pela mesma situação e todas chegaram ao fim de forma parecida. Os diálogos de suas novelas nunca mudaram; o fim, muito menos. Apenas os personagens completavam uma metamorfose, uma transformação. Ela sempre dava um jeito de não deixá-los ser idênticos.

O que o telespectador não consegue entender é como a autora pôde esquecer as frases e os gestos tão repetitivos e, mesmo assim, querer acreditar que o fim poderia ser diferente. Que ela não iria passar pelo mesmo transtorno.

Na verdade, ela não queria modificar os finais. A adoração dela era o momento posterior, aonde seus sentimentos afloravam e ela conseguia dar asas à sua imaginação, mesmo que seu coração estivesse partido uma vez mais.

"Não aguento muito tempo um sentimento

porque passo a ter angústia

e meu pensamento fica ocupado com o sentimento

e eu me desvencilho dele de qualquer jeito

para ganhar de novo a minha liberdade de espírito.

Sou livre para sentir. Quero ser livre para raciocínar.

Aspiro a uma fusão de corpo e alma."

(Clarice Lispector)

6 de jan. de 2008

História tirada da beira da piscina

Estava eu, muito sorridente, saindo da piscina quando escuto uma conversa.

- E seu pai, garoto?

- Tá cuidando do meu avô.

- O que tem o véio?

O menino responde com a maior naturalidade possível:

- Traumatismo craniano.

- Ô looooooco! Como isso?

- Tava caminhando num lugar, caiu e bateu a cabeça.

- Faz tempo?

- Faz sim. Ele até já sarou disso. Mas ele quis ir ver o lugar que ele tinha caído, caiu de novo e quebrou a perna.


Seria trágico se não fosse cômico.

4 de jan. de 2008

Ano Novo, Cara Nova.

Estava um pouco difícil começar 2008 no Soda Caustica e Guaraná sem mudar a carinha do blog.
Novas figuras, nova música, novo modelo. Espero que aprovem.
Prentendo ter muita inspiração e experiências irônicas pra atualizar o Soda em 2008.
Pretendo não perder o humor.

Também fiz minha listinha de projetos. Eu tardo, mas não falho. (chiclé-e-e-e-e)

1. Trabalhar muito.
2. Gastar pouco.
3. Badalar muito.
4. Descansar pouco.
5. Economizar muito.
6. Comer pouco. [?]
7. Estudar muito.
8. Chorar pouco.
9. Sorrir muito.
10. Ser mais feliz!

"Vem ni mim 2009!"
Beijos.

1 de jan. de 2008

2008.

Agora não tem mais jeito. 2008 tá aí e não tem como negar.
Tava hoje, depois do primeiro almoço do ano, sentada na sala da casa da minha vó, assistindo Tv quando, de repente, uma Vinheta Global me surpreende: Carnaval.
Taí, 2008 mal chegou e o povo já tá falando em Carnaval. E eu ainda não fiz minha lista de promessas pra esse ano!
Qué sabê? Esse restinho de ano empurro c´a barriga de novo!