12 de dez. de 2008

E se todos os "defeitos" não forem suficientes?

Dia desses ouvi um discurso absurdamente mal situado, cheio de evocações de vaidade e de gosto mui duvidoso. Egotrip da pior estirpe!

Contudo, no meio de tantas palavras fora de contexto me peguei preso pela seguinte sentença proferida pelo descuidado palestrante:

"Amar é enxergar com os olhos de Deus"

Pensei a respeito naquele momento, nas horas seguintes... Dias se passaram!  E hoje a frase completa uma semana martelando em minha cabeça. E, provavelmente, porque não consigo encontrar um argumento contrário a ela.

Amores não combinam com a razão porque, justamente, prescindem desta. São como flores de asfalto que sobrevivem alheias a qualquer condição "essencial" à sua existência. Ninguém se atreveria a dizer a uma planta que brota no acostamento que o local não é propício para o seu florescimento. Seria tarde demais. Ela própria seria a prova de que é possível se você acreditar - ou mesmo não se preocupar se o fato soa..., sei lá... estranho.

O amor... Exatamente por ser a única coisa que consegue dar ao homem uma dimensão divina é que se torna tão difícil de ser explicado e impossível de ser entendido - e não há pedagogia que ajude! - Contudo, não há uma só pessoa que não saiba quando está sentindo - mesmo sem nunca ter consultado um registro arquivado para isso.

E são tantas as variáveis deste sentimento, que é até complicado enumerá-las. Tem aquela que começa com uma pequena admiração e, não mais do que de repente, lhe abocanha como uma jacaré faminto; Ou aquela que ressalta tantas características similares que se torna tão certo quanto a força da gravidade a agir sobre tudo; Tem também a que beira o óbvio, como o de uma mãe que espera por um filho...

E tudo isso só pode existir simplesmente porque, ao olhar para outro "com os olhos de Deus", você se torna capaz de aceitar os defeitos como parte integrante - e essencial - do ser humano. Ou até mesmo não enxergá-los, pois, se tais características tidas como defeitos compõe o ser amado, você passa a gostar delas também.

Então, tendo deixado toda vergonha de lado para escrever sobre este assunto é que aproveito para pedir ajuda aos amigos mais experimentados na arte (de escrever ou de amar) para uma última questão: como, afinal,  se termina um texto desses, onde o tema jamais remete a um fim?

8 comentários:

.Ná. disse...

Termine desta forma: "Ná, eu te amo. Case-se comigo agora!" ahahahaha
Você ainda ia pedir permissão pra postar isso? Eu deveria te dar uma surra por pensar dessa forma. Isso é um favor aos meus olhos.
Se eu disser, você acredita que caiu direitinho aqui comigo?
Beijocas.

Thiago Augusto" disse...

não se termina... se sente...

Vanessa M. disse...

o título me deixou assim, sei lá...

=)

"Amar é enxergar com os olhos de Deus."

Sim, isso então justifica todas as coisas que tenho sentido ultimamente.
beijo

Anônimo disse...

Gente, que coisa mais linda. Nesses dias que o romantismo está pairando em todos os blogs, esse texto se encaixou completamente ein!

Adorei *-*

sso disse...

"não se termina... se sente..."
Disse tudo!

Anônimo disse...

Amadinha, acho que esse TEMA é viral...coisa da estação!
Não sei terminar tb.Ou não quero?
Sei lá.

Beijocas pra ti.

Anônimo disse...

ai q difícil
=)

Mari Vianna disse...

aaaaaaah que bonito !
"ainda que eu falasse a lingua dos homens e falasse a lingua dos anjos, sem amor eu nada seria!"

:)