21 de jun. de 2009

Esperou a água começa a correr pra deixar a lágrima cair. Não apenas uma lágrima, mas milhares dela, saindo com tanta força dos olhos, como um vulcão em erupção. Era doloroso. Estava muito magoada. Não que o fim fosse realmente o fim da vida, mas ela estava habituada a ele, a voz dele, ao cheiro dele...

Ela só queria estar perto, dormir abraçada, ficar quietinha, sentindo o calor da respiração.

Mas ele não conseguiu. Não sabia confiar nas pessoas. E deixou tudo morrer, aos poucos. Tirando um pedacinho dela todos os dias. Com doses homeopáticas de veneno diário.

E a explosão das lágrimas aconteceu na hora do banho. Ela não queria mais chorar por ele. Ela não queria sentir aquilo que sentia. Aquele sufoco, como se a sua via respiratória fosse obstruída por alguma coisa cortante...

A boca se abriu o mais que podia, tentou respirar, suspirou. Sentia dor. Dor incurável, dor insuportável. Nenhum analgésico podia fazer aquilo passar. E ela não sabia o que poderia fazer pra não sentir.

Sem anestesia, tiraram seu coração.
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"Perto de você, eu não pude ficar.
Tente não me esquecer. Eu vou tentar sempre te amar."
[Bromélias, Bidê ou Balde]

20 de jun. de 2009

Abri portas e janelas para você entrar.
No entanto, você preferiu pular a cerca!!!

6 de jun. de 2009

Reticências

Fechado. É o que você está.
É a palavra dura que ressoa pela sua boca. A voz calma e doce tenta esconder a dor causada. Se acostumar não é amar.
Me escolha, me queira, me ame.
Não se acostume.

Eu quero você comigo. Eu quero você ao meu lado. Eu quero você.