Nem tudo que parece, é. Pouco falo sobre mim, apesar de todos acharem que me conhecem bem, mal sabem sobre os pensamentos mais sombrios que rondam minhas idéias. Todos os meus sentidos e sentimentos são vuneráveis, quase tão frágeis quanto as certezas.
Os discursos que treinei ficam à margem de toda e qualquer candura. E o que sou eu, sem que minha inocência possa aflorar? Sou pedaço de diamente sem lapidação, flor de laranjeira ao chão.
Fico tão desiludida de mim, sem esperar nada de ninguém, muito menos da vida, que é serpentina ao vento e poeira em dia de chuva.
A vida, que me traz tempestades e furacões sem que eu os peça, sabe o quanto eu prefiro morrer na tempestade a viver na calmaria.
Talvez todas essas dúvidas sejam conseqüência da época do ano, em que há menos flores que espinhos. Mas é preciso espinhos para cultivar a flor em sua mais bela forma, para manter afastadas todas as pragas que podem exterminá-la.
A escolha dos espinhos é minha, até que as formigas não se retirem. Enquanto os purgões resolverem comer minhas pétalas, manterei o ritmo acelerado e as mãos cheias de pedras.
O maior problema é a falta de escolha que se segue em meu destino. É preciso aprender a ler as pessoas, mesmo que não tenham capacidade para escrever a poesia em si.
É, esqueci que as pessoas estão iletradas na alma, o alfabeto transcedental sumiu, secou-se a fonte.
Desculpem-me pelas janelas abertas, pela porta da geladeira que insisto em esquecer de fechar, da direção seguida e perdida. Me esqueci até de guardar minha fé em pó solúvel, assoprada para mais longe a cada dia que passa.
Se quer saber, é até bom que ela voe como passarinho, assim pára de dar nó, afirmando que muitos passarão e deixa de fazer de mim uma sombra sem assombração.
Os discursos que treinei ficam à margem de toda e qualquer candura. E o que sou eu, sem que minha inocência possa aflorar? Sou pedaço de diamente sem lapidação, flor de laranjeira ao chão.
Fico tão desiludida de mim, sem esperar nada de ninguém, muito menos da vida, que é serpentina ao vento e poeira em dia de chuva.
A vida, que me traz tempestades e furacões sem que eu os peça, sabe o quanto eu prefiro morrer na tempestade a viver na calmaria.
Talvez todas essas dúvidas sejam conseqüência da época do ano, em que há menos flores que espinhos. Mas é preciso espinhos para cultivar a flor em sua mais bela forma, para manter afastadas todas as pragas que podem exterminá-la.
A escolha dos espinhos é minha, até que as formigas não se retirem. Enquanto os purgões resolverem comer minhas pétalas, manterei o ritmo acelerado e as mãos cheias de pedras.
O maior problema é a falta de escolha que se segue em meu destino. É preciso aprender a ler as pessoas, mesmo que não tenham capacidade para escrever a poesia em si.
É, esqueci que as pessoas estão iletradas na alma, o alfabeto transcedental sumiu, secou-se a fonte.
Desculpem-me pelas janelas abertas, pela porta da geladeira que insisto em esquecer de fechar, da direção seguida e perdida. Me esqueci até de guardar minha fé em pó solúvel, assoprada para mais longe a cada dia que passa.
Se quer saber, é até bom que ela voe como passarinho, assim pára de dar nó, afirmando que muitos passarão e deixa de fazer de mim uma sombra sem assombração.
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"Até sermos engolido
pela vida sem brilho
por nossos inimigos
na rotina comum...
Eu sou só um
mas não sou menos.
E mesmo que pareça tolo e sem sentido
Eu ainda brigo por sonhos
Eu ainda brigo."
(Paralamas do Sucesso, Flores e Espinhos)
24 comentários:
Pois continue com teus pensamentos, tuas idéias, tuas leituras e, principalmente, com teus sonhos.
Beijos Doces,
Pitanga
Nossa vida tb tem suas estaçoes... e uma hora a primavera chega!
Adorei o texto, de verdade!
OI, Ná! Tudo bem? Passando para conhecer seu blog e já fiquei fã. Vou voltar outras vezes. Amei este post. Bjos e uma ótima terça!
Muito bonito, moça... Concordo com vc, que o que mais nos aflige (lá no fundo, por detrás de todos os cenários) é exatamente aquilo que sequer conseguimos mencionar. Vale as tentativas, já é um começo... Beijos!
Sorte de quem consegue ser tão sutil ao falar de suas agruras... De tão estabanado, preferi o ostracismo.
Beijo!
Tão de verdade. :)
Um beijo.
..Tudo tem sua fase, nem só de flores é feita a vida, as vz é preciso certos gostinhos acidos para cairmos na real e vermos que nem tudo é doce e agradável, a turbulência nos torna mais fortes para encarar a vida de frente..
bjokas..
uma terça-feira maravilhosa
Você precisa das pragas. Precisa criar forças pra resistir a elas. Quer um exemplo? As ostras. Sabe como surgem as pérolas? Quando um parasita tenta invadir a ostra ela elimina uma subtância chamada madrepérola como defesa, a substância se solidifica e se transforma no que conhecemos como pérola. Pense nisso...
beijão!
acho que somos responsáveis por tudo que nos acontece. a diferença é que às vezes é sem querer...
As vezs há mais flores, outras espinhos.
As suas ocasiões são belas, pois nelas sempre aprendemos algo.
"E mesmo que pareça tolo e sem sentido
Eu ainda brigo por sonhos
Eu ainda brigo"
adoro esse trecho!
E que assim vc o siga...
beijos
é temporada da queda de pétalas.
Aridez d´alma! Bem sei o que é isso! Mas creio que aprendi a "domar essa fera".
Nunca espero nada de ningém, sequer da vida. Das pessoas nunca espero, pois o que vir será lucro. Da vida, que não espera por mim, "corro atrás de fazer a minha hora".
Mas passa... Tão certo como "a uva passa", isso também passará, passarinhos...
Só não esquece que, às vezes, se perder também vale muito a pena.
E, deixar a vida voar como passarinho, parece ser muito mais interessante do que prendê-la numa gaiola de cristal.
Gostei do colorido do blog.
Sua simplicidade ao tratar de algo tão demasiadamente complexo e particular de cada um me deixou sem chão. Ainda estou a refletir cada uma das linhas de raciocínio que tão puramente construiu aqui... Espero que não se importe, mas a frase da vez do meu cantinho está dedicada e inspirada em você.
Assim como seu blog é o meu LINK DA VEZ lá também.
Parabéns pelo talento da reflexão e pela generosidade de compartilhar sua visão conosco!
Bjão.
Brigar por nossos sonhos é muito bom sim, devemos nunca nos esquecer disso...
Muito lindo seu texto mocinha!!!
Obrigada pelo seu comentário no meu blog! Ganhar selinha é bom msm... huahuahua E da muitas inspirações msm... hahahaha
BjO.
Por este post e por todos os outros, é que sou fã dessa menina.
Muito bom, texto lindo!
Se cuida e fica com Deus, beijão!
Amooo ...
=D
tive a sensação de ver uns pedaços de músicas jogados aí no meio, estou errada?
=)
Primeiramente, obrigada MESMOO pelas palavras. Alias, eu nao sei como agradecer a força que poucos me deram, mas foi essencial!
Lendo seu post eu digo que eu sei o que se passa na minha cabeça. Se você viu meus textos sabe que eu passei por poucas e boas. Mas dê uma olhada se estiver disposta no meu novo post. Há taanto problema por aí que é egoísmo achar os nossos grandes. É dificil de entender a humanidade, eu SEI. mas é preciso ter FÉ, é preciso der esperança !
Um beeijo!
Infelizmente, mesmo q a gente não queira, o mundo nos leva a criar certos mecanismos de defesa. Auto-preservação. Instinto básico. No fundo, vc, nós, precisamos nos proteger para continuar...
Beijos.
E para combater certezas, só criando incertezas, praticando a arte do desapego, levando pra longe aquilo que nos aquece e nos jogando de cabeça num braço de rio bem raso.
É o catecismo da desesperança.
Adorei o seu blog,...palavras contudentes,...
Parabens,...voltarei
sabias palavras como sempre...=)
bjs
olha, to começando a achar que é quase uma depressão coletiva.. ou dúvida coletiva... ou algum problema com a nossa geração. Tenho lido muto blogs onde as pessoas passam por esse mesmo problema e em todos eles me reconheço... sinto que nem preciso achar palavras para dizer o que sinto, já que estão todas ali e de uma forma que faz parecer mais suave.
O importante é não desistir... uma hora a gente entende o valor de todas essas coisas.
beijos
OLHA O PORTUGUES.
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