25 de mar. de 2010

The cosmopolitan

Ainda falando sobre questões geográficas, me pego pensando em alguns pontos de minhas escolhas.

Em certo momento deste ano, o conteúdo do blog poderá ficar mais ácido, porém essa acidez tratará de assuntos relacionados a passaporte, visto, passagens aéreas, etc.

Pra situar vocês, vou contar o que está acontecendo: vou viajar.

É verdade que tenho 2010 inteiro pela frente, mas tenho quase certeza que ele passará voando. E eu passei tanto tempo planejando essa viagem...

Sempre quis conhecer a Europa. Sim, eu tive um sonho londrino. Acredito que, quando se está num país europeu, fica fácil conhecer os outros. Entretanto, por uma questão financeira, mudei meu destino e estava decidida a ir para os EUA, mais especificamente New Jersey. Essa escolha foi influenciada por uma amiga muito querida que mora lá há uns três anos.

Depois que me conformei com os Estados Unidos, fiquei pensando em alguns pontos que eu gostaria de conhecer. E eles estavam espalhados pelo país inteiro. Ficaria muito caro realizar isso! Muitas cidades têm sua beleza especial, como Seattle, San Francisco, San Diego, Los Angeles. Na costa do pacífico, o calor é quase tropical! Chicago and all that jazz! E, por fim, Nova Iorque, a cidade que nunca dorme.

Mas, depois de todo esse conformismo e plano, surgiu uma oportunidade de ir à Irlanda. Fiquei feliz com essa possibilidade. Berço da civilização que é, poderia entrar num trem e ir a diversos destinos: Londres, Paris, Holanda... é tudo tão perto e tão tentador!

Porém, esses dias ao ver o trailer de “Sex and the City” (como já disse antes), meus pensamentos foram à mil.

E Nova Iorque? A verdade é que eu sou totalmente cosmopolita. Quero ultrapassar fronteiras geográficas, lingüísticas, culturais. Eu não sou patriota, embora queira voltar a morar neste país no futuro, afinal aqui está meu coração.

Não acredito que possamos perder aquilo que damos valor. Não há cultura ou propaganda que apague isso da gente. Minhas raízes estão aqui. E, sinceramente, se essas pessoas que amo não ficassem por aqui, eu nunca mais voltaria.

Embora eu esteja em dúvida sobre qual destino tomar, vejo New York como a cidade das luzes ofuscantes. A verdade é que penso em New York com alma yankee.

"Start spreading the news...I'm leaving today.
I want to be a part of it... New York, New York. [...]
New York, New York
I want to wake up In a city that never sleeps
These little town blues are melting away
I'm gonna make a brand-new start of it
In old New York.
And... If I can make it there, I'm gonna make it anywhere.
It's up to you, New York, New York!"
[Frank Sinatra, Theme of New York]

21 de mar. de 2010

And all that glitter

Tudo que sei a respeito de outros países são informações que pesquisei, fotos que vi, mas nenhuma experiência vivida ainda. Através de filmes, vi as ruas de New York sofrerem diversas transformações. Talvez isso explique a minha fascinação pela 5th Avenue, pela vitrine da Tiffany’s, e o quarteirão do Central Park... talvez isso explique a dúvida inacreditável entre ir a Europa ou aos Estados Unidos.

Embora a Europa seja o berço da civilização e guarde as maiores obras de arte de todos os séculos, New York é, definitivamente, o eixo de rotação do mundo. É a cidade em que as coisas acontecem. Todo o poder e degradação humana...

Nova Iorque é habitada por milhões de pessoas, de diferentes nacionalidades, crenças e línguas. É a localização dos maiores empreendimentos mundiais... é a beleza do caos e da civilização moderna.

Em Nova Iorque, encontramos tudo o que procuramos, desde um completo hot dog até o último lançamento de um Manolo Blahnik.

Do topo do Empire State, podemos ver o fluxo de uma cidade que não dorme; saindo do Battery Park, chegamos à Estatua da Liberdade, uma das sete maravilhas do mundo.

Se formos consumistas e tivermos um cartão de crédito milionário e uma conta bancária abastada, poderemos gastá-lo em algumas, ou todas, lojas das maiores grifes mundias: Chanel, D&G, Dior, Yves Saint Laurent, Jimmy Choo, etc.

É claro que nós encontraremos tantas coisas parecidas em grandes metrópoles européias, mas não com toda a luz e brilho e cor que New York faz brotar em nossos olhos. Quer dizer, você já reparou como a arquitetura das cidades européias é escura? Mesmo Paris, a cidade luz... Londres, nem se fala!

A verdade é que tudo tem sua beleza peculiar, mas o mundo moderno tem um imã que atrai essa gente mundana como eu!

“New York
Concrete jungle where dreams are made of
There's nothing you can't do
Now you're in New York
These streets will make you feel brand new
Big lights will inspire you
Hear it for New York
New York, New York”
(Alicia Keys, Empire State Of Mind)

16 de mar. de 2010

Tv shows

Nunca fui adepta a séries televisivas, principalmente quando elas são a sensação do momento. Entretanto, de um ano pra cá, escolhi algumas para treinar meu pobre inglês (o que surtiu grande efeito, diga-se de passagem). Dentre elas estão: “Grey’s Anatomy”, “Gossip Girl”, a queridinha da América “Friends” e a poderosa e quarentona “Sex and the city”.

Por algum tempo fiquei em frente a Tv, acompanhando a vida maluca de Rachel, Ross, Monica, Chandler, Phebe e Joey. E, no último episódio, me senti como uma criança sem seu doce predileto. Foram boas 10 temporadas, vividas com emoção, choro, gargalhadas e o “Central Perk”.

“Grey’s Anatomy” e “Gossip Girl” são as séries da moda, o que não tira o mérito delas. Na primeira, muito sangue e adrenalina correm nas veias. Ficamos extremamente tensos enquanto nossos heróis estão dentro de uma sala cirúrgica, no Seattle Grace Hospital. Torcemos absurdamente para que sobrevivam à vida em preto e branco, solucionando seus problemas afetivos.

Já em “Gossip Girl”, temos uma série tipicamente fútil, que nos mostra a moda, a vida e a podridão da high-society yankee. São adolescentes [?] que vivem no metro quadrado mais caro de New York – o Upper East Side de Manhattan – desfilando altivamente com seus cabelos sedosos, um Chanel cobrindo os corpos esguios e aquele desejado D&G (que nosso bolso não pode comprar) nos pés!

E, embora eu tenha ouvido muitas críticas a respeito, “Sex and the city” foi uma das séries que mais me surpreendeu. Carrie e suas amigas são legítimas nova-iorquinas, elegantes, bem sucedidas, mas que vivem à procura daquilo que toda mulher [de qualquer parte do mundo] procura: o verdadeiro amor. Ao fim das 6 temporadas, questionando-se sobre suas escolhas, medos e opiniões, finalmente encontram a felicidade, percebendo o que importa realmente.

Ontem, enquanto assistia ao trailler do segundo filme, sequência da série, uma música me chamou a atenção. Empire State of Mind é o nome da música. E, parando realmente pra pensar, devemos dar o braço a torcer e afirmar que New York é o lugar onde as coisas acontecem. Mas isso é assunto para um próximo post.


13 de mar. de 2010

Cinderella Desencantada

Independente de nossas feridas, de nossa história, nós, mulheres, devemos manter a dignidade.

Estamos habituadas a viver procurando o "cara perfeito". Por esse motivo, entramos em inúmeras roubadas. Deixamos com que os inescrupulosos desempenhem o papel e, ao final da cegueira, infelizmente, as máscaras caem, o instinto fala mais alto e ficamos, mais uma vez, decepcionadas.

Após sofrermos algumas boas decepções, passamos a querer agir como homens, esquecendo alguns valores femininos que foram plantados através dos séculos. Afinal, se eles podem por que nós não podemos?

A resposta pode não agradar, mas é simples e verdadeira: vivemos num mundo machista. Extremamente machista. Embora sejam tempos modernos, o mundo ainda sustenta algumas antigas concepções, inclusive as mulheres que o habitam. E comprovo este fato fazendo a seguinte pergunta: O que você diria de uma mulher que aos 40 anos não se casou, não teve filhos e vive mal-humorada? Apenas pense em sua resposta. Isso comprovará a minha afirmação sobre o mundo ser machista.

Mesmo lutando por direitos iguais e, muitas vezes, sustentando uma família, mulheres não devem perder a delicadeza, a elegância e a dignidade. Não é porque fomos feridas que temos que ferir. E não precisamos, inclusive, gastar milhares de palavras e mensagens de texto para todos os contatos masculinos de nossa agenda.

É vergonhoso ver uma mulher mandar várias mensagens para homens diferentes na mesma noite e ficar esperando a resposta.

Quer dizer então que qualquer um pode ser o cara perfeito? Quer dizer que ele não precisa se esforçar e ter bons argumentos para te chamar para sair? Ou seja, ele simplesmente responde a sua mensagem e consegue o que quer?

É por isso que não vemos mais romances bonitos, a não ser no cinema. Nós não esperamos que eles se interessem e planejem um programa para nos surpreendermos. Na verdade, nem existe um primeiro encontro atualmente. Combinamos de nos encontrarmos em lugares nada pessoais, abarrotados de pessoas e, se rolar, rolou!

Então, no dia seguinte, engatilhamos o celular e disparamos mais mensagens de texto noite adentro.