28 de fev. de 2008

Somos quem podemos ser

Coração acelerado, borboleta no estomago, boca seca, mão fria, pernas bambas. Não tô falando de ecstasy, tô falando de paixão.

Não tenho esses sintomas desde os... 18 anos, talvez. E não é complicado entender por quê.
Quando mais nova, queria encontrar alguém pra viver o resto dos dias ao meu lado e, com o tempo, percebi que não existiria essa pessoa. Não no momento em que eu estava procurando.
Os relacionamentos são coisas engraçadas. Particularmente, você bagunça toda sua casa, abre todas as portas e janelas. Planta novas flores no jardim, acrescenta retratos pelos cômodos. Muda de casa, passa a viver os sonhos de outra pessoa e compartilhar os seus projetos com ela também.
Depois de tudo isso, seu navio naufraga. Você se vê naquele marzão azul e sem nenhum porto ou suporte. Tá ali, molhada, sozinha, com frio e fome... de amor.
Em um momento, percebe que não pode se afogar e resolve nadar muito até chegar à praia e ser resgatada, sendo mandada de volta pra casa.
É a partir deste momento que surge a sua individualidade, suas vontades, suas manias.
Como li no blog da Jéssica, Sem Meias Palavras, falando das atividades pós-relacionamentos.
Na terça - feira você tem vontade de pegar o carro e ir a uma chopperia (se sua profissão for igual a minha, isso é perfeitamente possível e viável). Na sexta-feira, não tem vontade de sair. Quer ficar em casa, assistir o "Globo Repórter", a minissérie e depois de uma bela pizza com guaraná, ir pra cama com o pijama que colocou às 20 horas. (Eu ia dizer pizza com Coca-Cola, mas por que não citar o meu Guaraná de Soda Cáustica?)

Sábadão é dia de piscina, sol... e, quem sabe uma baladinha com as amigas tão solteiras quanto você? Ou, talvez, a cama de novo.
No domingo a tarde, você estende a rede, pega um livro e lê umas 100 páginas. Enfim, as paredes de casa estão pintadas de cores novas, os quadros e retratos foram mudados de posição e até aquela samambaia da varanda foi parar na garagem. Seus livros estão de volta na estante, seus sapatos saíram de baixo da cama e sua vida voltou a ser organizada, única. Você obteve sua individualidade de volta.

O que mais falta agora? É, falta alguém que bagunce as nuvens e brinque de caçar borboletas. Essa pessoa pode até aparecer, mas você não sabe se quer doar sua vida novamente, entregar seus sonhos e tentar 'relacionar'.
Uma hora, você vai ter de tentar. As mágoas podem virar cicatrizes e você pode querer arriscar sua pele novamente. É neste momento que você vai refletir e se perguntar: Estou pronta pra viver este ciclo?

"Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos
Às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração..."
(Engenheiros do Hawaii)

27 de fev. de 2008

Retorno

Atendendo aos pedidos desesperados dos meus amorinhas, eu voltei! ;P

Não foi bem férias, né? Pensei que ia demorar muito pra resolver o problema do provedor aqui em casa e, na verdade, demorou nadaaaa.... Não deu nem tempo de vocês sentirem saudade, não é mesmo?

Por falar em saudade, essa palavra era tão presente no meu vocabulário que até me acostumei a ela. Alguém ai tem saudade de alguma coisa? Eu tenho, de várias. A começar da faculdade, da festa, das amigas... até dos professores, vai! E saudade de mim, de vez em quando. Saudade do que eu fui e do que eu queria ser. Isso inclui a crença nos relacionamentos. Eu ainda tô tentando acreditar neles. Mas isso é assunto para um próximo capítulo!












"Mas se eu já me perdi
Como vou me perder
Se eu já me perdi
Quando perdi você
Mas se eu já te perdi
Como vou me perder?"
(Arnaldo Antunes)

25 de fev. de 2008

Férias.

Com muito pesar, informo os queridos "amorinhas" sobre minha ausência no Soda Cáustica e Guaraná.
Estamos trocando o provedor aqui e ficarei alguns dias fora deste mundinho virtual que tanto me faz feliz.

Vou sentir saudade, mas prometo voltar em breve!

Beijos

24 de fev. de 2008

Mas, afinal, o que é metabolizar?

Hoje eu descobri que não há sentido nenhum na palavra metabolizar, tudo porque isso não ocorre quando eu mais preciso.

Há mais álcool em mim que dentro do meu carro.

Beijos e lembrem-se:

SE DIRIGIR, NÃO BEBA.
SE BEBER, ME CHAME. (Ou não, vou precisar de um ano pra me recuperar.)

22 de fev. de 2008

Os óculos do John e o olhar do Paul no solo do Brasil.

Assistindo à nova minissérie da Rede Globo, Queridos Amigos, fiquei imaginando como será os relacionamentos da nossa mocidade daqui alguns anos.

Não vivi na época em que os estudantes protestavam 'diretas já', mas acredito que eles tenham sido muito mais intensos que nós, jovens da atualidade. Quais são os ideias? Nossos protestos?
Não preciso ficar caçando nomes brasileiros pra mostrar que os antepassados foram mais fortes que nós. Seria injusto citar alguns, esquecendo de outros, mas entre todos estavam Betinho, Ulysses Guimarães e Henfil que, por sinal, Elis cantou saudade dessa "gente que partiu num rabo de foguete".
Saindo do assunto "diretas já", temos jovens que pregaram a paz mundial. Alguém aqui conheceu o John Lennon? Aquele lindo, fofo e ilustre amante da paz? John e Yoko. Símbolo do amor e paz que os jovens buscavam. [E que grande ironia sua morte, hein, Jo!?]

A juventude emudeceu, perdeu a coragem, desanimou. Estamos preocupados com nossos umbigos perfurados e deixamos que as coisas aconteçam embaixo de nossos olhos sem tomar conhecimento algum.

Nos anos decorrentes à ditadura, os poetas despertaram o melhor de nossa poesia. Cantaram a luta de um povo pelos direitos de uma nação.

Sim, ontem eu chorei assistindo à cena. Chorei por dois motivos: estou tão à flor da pele que qualquer declaração me faz chorar e pelo imenso vazio que senti, tentando resgatar os amigos que tive, que fiz e não tenho tempo de cultivar.

Quem acha que eu me 'amarro' em poesias de amor está redondamente enganado. A minha poesia predileta é a vida. A vida a cada momento.
"A esperança...
Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...
Asas!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar..."
(Elis Regina)

20 de fev. de 2008

Deixar

Ela estava ali, com amigos e, ao mesmo tempo, sozinha. Foi quando seu celular tocou e alguém pedia a informação de como chegar onde estava. Deu o sinal de fumaça, sem nenhuma intenção.

Ele chegou com aquele jeito que só ela conhecia. Aliás, conhecia muito além do que todos conhecem. Conhecia sua vida, seus romances, relacionamentos mal-resolvidos e toda a sua vã filosofia de vida. Não se importava com nada disso. Ele era uma boa pessoa e ela adorava conversar e saber sobre a vida dele. Confiava em sua amizade e sabia que nada aconteceria se ela não concedesse a permissão de aproximação. Ela sabia!

Foi quando percebeu que havia uma grande proximidade da boca dele. Sentia aquele braço próximo ao seu pescoço. Tentou desviar. O medo abatia a sua face, estava gélida. O coração saltava-lhe ao peito, como um batuque descompassado em véspera de carnaval.

Desviou sua boca e colocou sua face à disposição. Não resolveu, ele tentou novamente. Até que ela não resistiu àquela tentação momentanea, àquele perfume, àquele gesto. Sua face corou, as pernas estremeceram e os olhos se fecharam. Não sabia o porque, não entendia, mas estava ali, nos braços de alguém muito querido e não iria estragar aquele momento por nada.



"Deixe o coração falar também
Porque ele tem razão demais quando se queixa
Então a gente deixa, deixa, deixa, deixa
Ninguém vive mais do que uma vez."
(Vinicius de Moraes)

19 de fev. de 2008

A fantástica fábrica de dilemas

"A solidão nunca é uma boa conselheira e a moça estava há muito tempo em companhia dela. Havia feito uma escolha, a de ficar sozinha. "

A vida é cheia de tomadas de decisões e todo mundo tem de escolher sempre o caminho que acha melhor seguir.

A questão seguinte: E se eu fizer isso e não aquilo? É nessa condição que encontramos os dilemas. As perguntas são feitas antes das decisões; se eu escolher a festa, perco a aula; se quiser ir à aula, vou perder o 'affair'. Resolve-se isso colocando em pauta suas prioridades. O que te é mais importante?

A minha vida se transformou em uma fabulosa fábrica de dilemas. Tentando decidir quais são os sonhos que devo priorizar, guardei todos dentro do meu travesseiro. Só vou tirá-los de lá quando souber realmente o que fazer. E não tem nada a ver com 'casar ou comprar uma bicicleta'. Racionalizar demais, às vezes, faz mal. Acho que meu hábito de seguir a razão não consegue ser excluído de mim em alguns momentos.

De uma coisa eu tenho certeza: vou encontrar o caminho mais certo. Vou chegar aos meus obejtivos sem precisar cortar um pedaço d´alma.

Quando a gente tem um foco, não importa quantos serão os obstáculos, é necessário alcançá-lo. Já descobri que a felicidade não está fora de mim, agora só me resta caminhar.








"Andar com fé eu vou
que fé não costuma falhar.
Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Pelo sim, pelo não...
Andar com fé eu vou
que a fé não costuma falhar."
(Gilberto Gil)

17 de fev. de 2008

Infinito ou Eterno?

Pensando sobre a semana que passou, pude perceber que meu tempo tem rendido boas coisas à minha vida.

Para explicar o título é simples. Fui capaz de confundir eterno com infinito na poesia, mas depois consertei.

Ontem foi meu primeiro dia de aula na Especialização e eu consegui dar umas piscadas prolongadas durante o turno da manhã de tão cansada que estava.

Estou na noite desde quarta - feira. Minha mãe tá feliz com isso, vocês não imaginam.

Sexta-feira fui no casamento de um amigo. Chorei, gente. Sou sentimental. Principalmente quando o juiz ou pastor, ou sei lá quem celebrou a cerimônia, citou Vinicius ao contrário: "Que não seja infinito enquanto dure, mas seja eterno."

Hein? Como assim? Não dá. Isso é brincadeira. Não mexam no meu Vininha, não estrague a poesia de "Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure". Eu não pude aguentar. Derrubei todas as lágrimas e nem desfiz a maquiagem.

Eu perdôo a falta de poética do meu amigo celebrante. Perdôo porque sei que as pessoas não desejam fugacidade.Perdôo porque também desejo algum amor que não seja infinito apenas enquanto dure, mas que seja eterno, posto que é amor, e não chama.

A casca dura tá quebrando? Não. Mas até ovo tem moleza por trás da casquinha.

Por enquanto, vou estudar. Afinal, percebi que eu sei pouco do que estudei e agora tô indo lá para os meus livros tentar compreender o assunto da próxima aula!

















Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
.

(Vinicius de Moraes. Estoril - Portugal, 10.1939. in Poemas, sonetos e baladas.)

10 de fev. de 2008

Borboleta

Fiquei ensaiando diversas formas de escrever o que estou sentindo. Tentei utilizar a terceira pessoa do singular, ELA. Sem êxito, tentei também a do plural, Nós. Mas o que me bateu no cílio hoje foi muito maior que qualquer tentativa de camuflar o "eu"-lírico.

Há alguns anos, conheci uma pessoa de vista na faculdade. Linda, sardenta, sorridente.

Encontrei um flog na internet em que ela relatava suas angústias. Era uma fase de transição, término de faculdade, de relacionamento e uma nova estrada pela frente.

Ficamos amigas, nos conhecemos e senti um carinho muito grande pela borboletinha que vôou por meu jardim durante tão pouco tempo e, naquele momento, estava partindo para um novo campo. Torci ardentemente para que tudo desse certo, mesmo não podendo falar sempre, eu a acompanhava de longe e ficava sabendo de suas aventuras.

Foi quando ela arrumou um namorado lá longe, no campo em que estava e, depois de um ano, resolveram casar. Haviam se passado dois anos desde o nosso último encontro.

Chorei ao ver as fotos do casamento, feliz de ver que minha borboleta, além de voar longe, tinha achado as flores mais belas do jardim do mundo. Estava lá, a milhares de quilometros de distância, mas estava feliz.

Em sua viagem pós casamento ao Brasil, não pude reencontrá-la. Logo, surge uma sementinha: Lorenzo. Acompanhei as fotos só pra ver aquela barriga crescer.. e que emoção!

Um casamento na família dela... e, de repente, estava aqui ao lado, na cidade vizinha... com o Lorenzo na barriga... e um chá de bebê num domingo a tarde. Parti. Fiz tudo que era possível para reencontrá-la e ver que está bem. Aliás, está mais linda que antigamente, com a luz de uma nova vida dentro dela.

Na verdade, eu queria dizer que quero continuar acompanhando alguns momentos importantes de sua vida, mesmo que de longe, por fotos e recadinhos.

Não sei como nem por quê surgiu essa admiração, mas sei que existe aqui dentro de mim e fico feliz, como se fosse comigo, a cada conquista que alcança.

É, eu torço por ela como torço por mim.







"Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou - amigo - é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é."
(Guimarães Rosa em Grande Sertão: veredas)

8 de fev. de 2008

Salada Mista

Há dias em que fica difícil falar sobre UM determinado assunto. Tem como criar uma salada mista de palavras, fugindo da semântica e misturando tudo de um grupo que pertence a outro?

Tô pensando em fazer uma lista de palavras que surgiram na minha cabeça e explicar o motivo delas mas será que este post ficará longo demais? Vamos tentar...

Exigência:
Pessoas exigem de nós o que não nos doam. Sim, alguns amigos dizem que são nossos amigos até o momento em que você os carrega e avisa sobre todos os seus passos. Eles não se mostram interessados, não sabem o que querem, mas se você deixar de avisar que vai fazer um 'A' pra ver se eles querem também, o negócio vira. Então fica aquele negócio de mensagenzinhas indiretas para tudo quanto é lado do mundo virtual. É amigão [da onça], o mundo evolui e eu vou correndo atrás. Se você não sabe o que quer, eu sei e não vou te avisar sobre isso. Eu decido os meus passos.

Esperança:
Você pensa em uma coisa que quer muito e pensa também que será muito difícil alcançar. É quando encontra uma pessoa que não é sua amiga, mas se torna conhecida e muito prestativa por sinal, e ela te avisa que você pode alcançar o seu desejo com metade do esforço que você imaginava.

Estudo:
O bom é não parar de estudar. Fiquei um ano trabalhando (o que não exclui o estudo, nesta minha profissão professor) e hoje fui fazer minha matrícula na Pós - Graduação (a mesma atividade sobre qual não avisei ninguém pois resolvi de última hora mas... SE você tivesse mesmo interesse nisso, não teria acessado o SITE durante MESES para descobrir a data de inscrição e processo seletivo?).
Estou feliz. 18 meses de sábados sacrificados e uma Pós no bolso.

Viagem:
A que pretendo realizar depois da Pós. E QUE VAI DAR CERTO, não adianta pôr olho-gordo.

EX:
Uma coisa que deveria ser permitida apenas a 3 metros de distância. Sem mais afinidades.

Namorada de EX - ROLO:
Coisinha à toa que não confia no próprio potencial e acha que eu AINDA estou a fim de pegar de volta o bocó do namorado dela.

Affair:
Palavra fidumaégua que não deveria existir no meu dicionário. Um besta que não se liga e não percebe que o mundo não é só água de piscina e carta de baralho.

Se juntar todas essas palavras, posso resumir minhas revoltas e conquistas. Sobre o caso 'affair', tenho minhas suspeitas. Alguém pode me ajudar a escolher uma das duas opções a seguir:

1 - Processo Seletivo com alto nível de nota de corte.

2 - Estou ficando feia pra valer.






"A serpente troca de pele
A gente não esquece
O avião reabastece sem deixar de voar.
Não sofro mais, agora eu sei
o que nos faz sobreviver."
(Humberto Gessinger)

6 de fev. de 2008

Coisas que aprendi no Carnaval...

O Carnaval finalmente acabou e eu pude perceber que ele não foi tão ruim quanto prometia.

Sexta feira achei que fosse ficar em casa e me animei ao lembrar que a Tv Globo exibe o Desfile Carnavalesco das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo! Óh, que maravilha! Ficaria vendo toda aquela ostentação diante da pobreza de suas favelas! Acredito que o Rio está mais pobre... e o índice de assaltos e furtos serão mais elevados nos próximos meses pois o povo deve ter gasto o que não tinha pra participar dessa luxúria. Mas, voltando...

Sábado a tarde toca o telefone e era a minha amiga de muito tempo me convidando pra ir pra Brotas. E por que não ir? Sem dinheiro e sem muito animo carnavalesco, decide arriscar.

Passei muitos carnavais em Brotas na companhia dessa minha amiga, que ficou distante por uns anos...

Começa aqui o meu relato sobre as coisas que aprendi neste Carnaval.

* Todo mundo tem que seguir seu caminho, inclusive as melhores amigas;

* Carnaval não é sinônimo de irresponsabilidade pra quem sabe ser responsável na medida certa;

* Natureza e balada são combinações que te deixarão cansado;

* Banho de cachoeira lava a alma e massageia o ombro;

* Você pode encontrar sua amiga uma vez por ano e, mesmo assim, a conversa e as risadas serão as mesmas;

* Não precisa fazer o que todo mundo faz pra se divertir;
* Você pode dançar axé no carnaval, mesmo sem gostar da música;

* Sua perna vai ficar dolorida depois de um dia fazendo trilha pra chegar à cachoeira e uma noite dançando sem parar em cima de um salto de 9 cm.

* E que o mundo está realmente perdido quando você olha para o lado!

Pois é. Eu sempre seguro duas pedras quando o carnaval começa a se aproximar. Ainda acho que as pessoas seguem uma filosofia furada de que "No carnaval, pode tudo." Eu não diria tudo, mas você pode tentar dançar a velocidade 5 da dança do Creu que, depois, ninguém vai lembrar disso mesmo!

Agora, pra vocês, um trechinho da música que é de poesia inacreditável:

"Pra dançar creu tem que ter disposição
Pra dançar creu tem que ter habilidade
Pois essa dança, ela não é mole não
Eu venho te falar que são cinco velocidades.
[...]
Eu vou confessar a vocês que eu não consigo a número cinco
Dj, velocidade cinco na dança do creu
Crrrrrrrrrreuuuu!"

1 de fev. de 2008

Ainda bem que Todo Carnaval Tem Seu Fim

O Carnaval chegou e, com ele, as polêmicas.

A notícia que considero uma polêmica li no G1 há alguns dias: "Carnaval 2008: Juíza proíbe menção ao Holocausto no Rio."

Pra quem não sabe, a palavra holocausto tem origem remota em sacríficios e rituais relogiosos da Antiguidade em que animais eram oferecidos às divindades, sendo completamente queimados durante a noite para que ninguém visse. À partir do século XIX, a palavra passou a designar grandes catástrofes e massacres até que, após a Segunda Guerra Mundial, o termo Holocausto passou a ser utilizado especificamente para se referir ao extermínio de milhões de judeus e outros grupos considerados indesejados pelo regime nazista de Adolf Hitler.

Agora, a notícia:

"A escola de samba Unidos do Viradouro não poderá mais levar à Sapucaí menções sobre o Holocausto. A juíza Juliana Kalichsztein, do plantão noturno do Fórum do Rio de Janeiro, acatou parcialmente nesta madrugada ação da Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj) e concedeu uma liminar obrigando a Viradouro a retirar qualquer menção ao Holocausto de um dos carros alegóricos e vetou o desfile de passistas vestidos como Adolf Hitler."

Com tanto bandido esperando para ser julgado e condenado, eles acham tempo para interferir no Carnaval. Entendo a manifestação da comunidade judia, mas também entendo que a humanidade deve ser alertada e chocada com as imagens para que isso não volte a acontecer. Concordo que a imagem de um carro alegórico retratando os corpos empilhados no campo de concentração é um tanto quanto mórbida, mas se querem manter isso longe do povo vão precisar rasgar livros, matar os idosos, queimar filmes e, principalmente, apagar a História do Mundo. Hitler é condenado até hoje mundialmente, aliás, não somente condenado, ele é amaldiçoado. O que ele fez não terá perdão, porém temos que ter consciência e mostrar o que um homem, com sua mania de PURO sangue, foi capaz de cometer. E, além de tudo, mostrar sempre a igualdade entre os povos para os pititicos que estão chegando por aí. Não é tirando o conhecimento do povo que evitaremos o acontecimento de mais Holocaustos. E tenho dito!

"Se a igualdade entre os homens - que busco e desejo - for o desrespeito ao ser humano, fugirei dela."
(Graciliano Ramos)