30 de abr. de 2008

Amoras ao Chantilly Apaixonado.

Ingredientes:
2 corações
3 colheres de diposição
4 xícaras de compreensão
300 ml de amizade
1 abraço
1 kg de risos
300 gramas de amoras roxas
Beijos a gosto

Modo de preparo:

Com um abraço, deixe os 2 corações próximos. Coloque as 3 colheres de disposição junto com as xícaras de compreensão. Mexa bem até ficar homogêneo.

Coloque a massa no forno e aguarde uma hora.

Numa batedeira, misture 1 kg de risos, 300 ml de amizade. Deixe chegar a consistência de chatilly, e coloque os 300 gramas de amoras.

Cubra a massa com o 'chatilly' e enfeite com beijos.

Sirva bem quente.
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"-Um abraço é melhor que um beijo.
-Por quê?
-Porque o abraço coloca os nossos corações juntinhos."
(Diálogo inventado por duas crianças fofas)

29 de abr. de 2008

Primeira despedida

Cecília está na cozinha, preparando sua nova receita de "Amoras ao Chantilly Apaixonado", quando Eduardo chega, experimenta um pouco da guloseima e pede que ela o escute.

Como sempre, a menina doce presta atenção à todas palavras que saem da boca do queridíssimo, sem perder nenhum pedacinho.

Após a revelação, Cecília deixa o corpo cair na cadeira mais próxima. Seus olhos vão longe, imaginando a vida sem Eduardo. Por quanto tempo teria de esperar a volta?

Eduardo, com vontade de ficar ao lado dela, pega sua mão, beija-lhe a testa e promete voltar. - No máximo sete semanas - é o que diz.

E Cecília acredita veemente que, num prazo menor, seu pézinho de amoras estará de volta para adocicar a vida.








"Os livros na estante já não têm mais tanta importância
Do muito que eu li, do pouco que sei
Nada me resta
A não ser a vontade de te encontrar
o motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor..."
(Hebert Viana)

28 de abr. de 2008

Surpreender-se

Saiu de casa sem saber o que a aguardava. A ansiedade socava-lhe o peito e não conseguia se concentrar em nada. Escrever era difícil; falar, inevitável. Parecia uma maritaca de asas cortadas.

Mal sabia que as asas estavam prestes a brotar novamente.

Não espera que esse vôo seja eterno, mas infinito; não quer promessas, nem certezas. Quer apenas viver cada momento como se fosse único e saborear a felicidade como geléia de amora fresca.

Começa a acreditar que as coisas acontecem quando têm de acontecer. Apesar de todos os receios, ela espera o momento de ser feliz.

Agora, mais do que nunca, está diposta a doar-se e deixar-se surpreender.
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"Quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar.
Me dê a mão, vem ser a minha estrela.
Complicação tão fácil de entender.
Vamos dançar, luzir a madrugada,
inspiração pra tudo que eu viver."
(Lulu Santos, Um certo alguém)


Ganhei um selinho da queridíssima Déia:

Prêmio Mulher Ardida. Obrigada, querida! Apesar de eu me achar mais ácida que apimentada! ;)

26 de abr. de 2008

Pensamentos Não - Identificados

Os pensamentos andam meio embaralhados na minha cabeça hoje, não consigo achar um ponto em que posso amarrá-los e colocá-los numa sequência lógica pra vocês. Pois bem, vou escrever do jeito que eles estão, sem conexão nenhuma:

* As coisas são engraçadas. Eu nunca consigo terminar de ler os textos que são necessários para a aula da semana.

* Amanhã eu tenho aula e neste momento não tenho nenhum sono. O difícil vai ser acordar e permanecer acordada de manhã.

* Nem tudo é do jeito que a gente gostaria que fosse. E isso eu cansei de falar aqui.

* Apesar dos comentários escandalizados, Laura é uma boa pessoa... ela só tá cansada do pouco caso que o 'marido' faz dela.

* No dia-a-dia, a gente assiste cenas muito familiares. Já vivemos o que estão vivendo agora e não podemos fazer nada porque cada um sabe aonde o calo aperta.

* A vida é uma caixinha de surpresas. Um carro velho também, mas de surpresas caras e desagradáveis.

* Tenho passado tempo de menos visitando meus mimos. Gostaria de ter o tempo de antes pra ler e comentar todos vocês.

* Tudo que vai restar na sua vida é o amor que você plantou.

* Fazer o bem sem olhar a quem. É o que eu gostaria de fazer mais vezes.

* Eu tenho passado mais tempo em casa do que gostaria. Por outro lado, tenho amado meus cães mais do que imaginava. A Sue tá grávida e eu tô apaixonada pela idéia de esperar os babies.

* Cecília encontrou um grande amor. Será que vai chegar minha vez?

* Apesar das aulas amanhã, estou animada e ansiosa. E se acontecer algo bem legal, eu volto pra contar.

* O trechinho da música abaixo tem tudo a ver com o que eu espero daqui pra frente.

Um golinho cítrico pra vocês.

"...Minha paixão
há de brilhar na noite
No céu de uma cidade
Do interior..."

(Caetano Veloso, Objeto Não-Identificado)

24 de abr. de 2008

Laura

- Alô!?

- Oi...

- Laura, amanhã estarei aí às seis da tarde.

( - Chato.)
- Ah, não, querido. Não venha.

- Hã? Laura!? O que aconteceu?

(-Decidi que seria assim.)
- Nada, querido. Só não quero que se atrapalhe.

-Tem certeza, Laura?

- Você me ama?

(De novo essa história...)
- Hã...er... claro, querida!

- Então diz...

- O quê?

- Diz o que eu te perguntei...

-Se eu te amo?

- É! Mas era pra dizer e não indagar.

- Ah, Laura, meu bem, não faz isso com a gente.

- Com a gente? Você quer dizer "com você", não é?

- Laura...

- Tudo bem, querido. Não precisa responder mais. Eu não vou fazer isso com você, mas eu queria te dizer uma coisa importante para 'nós'.

- O quê?

- Que eu não te amo mais.

- Laura, você está bem?

- Estou sim, querido. Você é o próximo.

- O próximo?

- Aham.

- Laura, estou preocupado com você, meu bem. Você tá legal?

- Melhor, impossível!

- Tudo bem, me espere. Amanhã estarei aí.

- Você quem sabe...

Laura desligou o telefone e foi até seu quarto. Tirou a camisola e voltou para cama entre os braços de Augusto.

8 coisas antes de dormir.

Essa semana recebi uma tarefa bem complicada de duas pessoas: Antonio e Pitanga. Como eu sou muito legal adoro responder algumas coisinhas e acho isso muito válido para que nos conheçamos melhor, resolvi enfrentar o desafio de numerar 8 coisas que eu gostaria de fazer antes de morrer "passar a ponte desta vida para outra".
Quando comecei a escrever o primeiro paragráfo, não havia pensado na dificuldade de escolher 8 coisas. Só 8? Ao contrário de "moço" que anda sonhando de menos, eu tenho inúmeros sonhos que temo não realizar.
Talvez eu encontre um jeito de enquadrar mais de um sonho na numeração... talvez...
Bom, xá eu começar senão isso não vai sair nunca...

1 - Conhecer os principais "feudos" da Europa: primeiro, espero que vcs entendam o termo 'feudo', depois, se não entederem, imaginem só... não preciso ir além de Paris, Florence, Roma, Veneza, Verona (cidade natal do meu bisa), Londres, Lisboa, Berlim, Amsterdã... Foi isso que eu quis dizer quando citei "feudo". Não precisa me chamar de ignorante ou coisa parecida, mas eu SÓ quero conhecer as principais cidades daqueles lados lá, berço das belas construções, castelos e histórias de amor.

2 - Ler todos os livros que tenho na minha 'biblioteca' pessoal e ainda ler as indicações de outras pessoas. Seria trágico se eu não conseguisse conhecer todas as clássicas histórias da literatura mundial, não seria?

3 - Ingressar no Doutorado em menos de 10 anos. Por que eu digo menos de 10 anos? Porque do jeito que as coisas caminham lá naquela universidade e o círculo de orientandos está ficando cada vez mais fechado, conseguir concluir um mestrado e ingressar no doutorado nesse período seria algo parecido com um sonho.

4 - Morar em outro país durante um ano. Eu não quero ter nacionalidade diferente desta que já tenho, apesar de possuir direitos sobre uma tal cidadania italiana. Não quero me mudar do Brasil e voltar pra cá apenas no Carnaval e/ou feriados mundiais. Não quero me afastar da minha gente ou da minha terra. Eu só quero conhecer uma cultura diferente daquela que adquiri, ficar fluente numa língua que estudei por 10 anos e conhecer gente nova, abrindo as portas para quando eu quiser voltar. É pedir muito? rs

5 - Comprar uma casa. Não precisa ser aquelas casas gigantescas, estilo Beverly Hills. Só precisa ter um cantinho aconchegante para cada membro da família, um quintal onde eu possa ter minhas plantinhas e meus cães. O alicerce tem de ser feito com muito amor e carinho, matéria indestrutível.

6 - Casar. Há algum tempo atrás, acho que essa palavra não se adequava a mim. Mas agora essa coisa de ficar solteira e ser totalmente independente, sem precisar de outro alguém, achando que a felicidade única e completa está dentro de mim já foi. Agora eu tenho consciência que 'ninguém vive feliz sozinho'. Todo mundo precisa de outra pessoa pra somar as alegrias, dividir as tristezas e multiplicar a paz, resultando na felicidade.

7 - Ter filhos. Por que os filhos são as sementes que plantamos hoje e que podem dar bons frutos amanhã. Quero ver meus pais brincando com os piás, ensinando coisa errada e dando 'porcaria' antes do almoço. Quero vê-los ao primeiro passo, à primeira palavra e ao primeiro momento de admiração com tudo que é novo. Sim, eu quero filhos. E isso vai completar a minha felicidade.

8 - Escrever um livro. Se ter filhos é a maneira de eternizar a estirpe, escrever um livro é a única forma de eternizar seu nome e suas histórias. É como plantar uma árvore: você deixa algo que acrescente à vida dos outros.

Consegui? Huhu! Demorei só uma hora pra concluir essas 8 coisas e ainda fica a sensação de estar sendo injusta com alguns sonhos. Mas precisamos priorizar, não é?

A parte mais gostosa: entregar a bomba o meme para outras 8 pessoas:
Medella, Nica, Cristal, Bruno, , Lile, Déia e Tititi.
E se vocês já foram intimados convidados a fazer isso e ainda não o fizeram, aproveitem a deixa e matem Bush e Bin Laden com uma paulada só!

Golinhos ácidos.

23 de abr. de 2008

Eduardo e Cecília: Um caso de poesia.

Eduardo lê cada movimento de Cecília, sabe que ela é um caso de poesia, e não tem cura!

Talvez agora que Cecília tem um caso de amor, a poesia seja deixada de lado.

Mas Eduardo acredita que será diferente. Ele sabe que quanto maior o amor, maior a existência de belas idéias.

Hoje falou com ela sobre fazer planos. Porém os planos não são poéticos e Cecília prefere deixar que uma coisa aconteça de cada vez. Se começar a fazê-los, deixará sua poesia pra trás. E isso ela não quer.

Eduardo compreende muito bem que Cecília é da arte e não dos homens.

Ela diz que o presente é grande. Ele pede que continuem de mãos dadas.










"...Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim..."
(Vinicius de Moraes, Canção do amor que chegou in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro")

22 de abr. de 2008

Cecília e a aceitação pelo adocicado da vida.

Cecília sempre foi doce. Adocicada como as sílabas de seu nome. Mas ela não gostava de sua doçura. Às vezes, sentia raiva. Por ser doce, tinham que achá-la frágil?

Cecília quis mudar sua percepção. Saiu para saber como as mulheres fortes agiam. Mas ela não sabia ser uma delas, com todo aquele temperamento ardido das mulheres atuais.

Foi numa dessas noites que Cecília conheceu Eduardo. Ficou com medo dele. Era alto, forte e, apesar de não acreditar, era inteligente demais.

Cecília resolveu deixar todo o resto no passado. Seus diálogos mal-resolvidos e sua vontade de ser apimentada.

Agora, Cecília gosta de ser doce porque Eduardo saboreia cada grãozinho de açúcar contido nas palavras da moça.
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"A gente se apertou um contra o outro.
A gente queria ficar apertado assim
porque nos completávamos desse jeito,
o corpo de um sendo a metade perdida
do corpo do outro."
(Caio Fernando Abreu)

20 de abr. de 2008

Costumes, hábito e afins.

Noite passada, saiu do computador mais cedo que de costume. Apesar de ser sexta-feira, foi para o sofá e não para os lugares que costumava ir antes.

Alguma coisa nela havia mudado, mas não se dava conta disso.

Achou difícil terminar o rascunho que tinha no micro. Suas palavras, não tinha capacidade de digitar. Por quê? Sentia-se exausta, mas não essa exaustão corporal de quem pede cama. Estava cansada do sufoco de palavras, que estavam presas e não queriam sair...

Foi com o velho caderno que conseguiu desabafar e, então, percebeu que o "novo" nem sempre é compatível a nossas necessidades, e o dela havia adquirido aos 12 anos, quando ainda não sabia que o era a internet.

18 de abr. de 2008

O meu pequeno caçador...de pipas!

Como prometido, vim relatar se chorei ou não ontem.

Eu já sabia todo o filme. Sabia tudo que aconteceria. Sabia até além do filme, porque ele não exibe a parte mais sofrida da vida do menino Sohrab. Eu li o livro, e amei tudo que li ali. Amei pela intensidade da história. Pela intensidade do amor, da amizade e da infância que são relatadas. Amei.

E agora, a parte que todo mundo quer saber:
Eu choreeeeeeeeeeeeeeeeeei ontem. Chorei. Só. Mas em algum momento dessa história toda, eu me comovi mais que no filme.... e foi no livro. Todos os momentos que mais me fizeram soluçar foram cenas cortadas. E imaginem a gravidade dos acontecimentos: eu solucei ao lê-los.

O filme é bom? Uhum. Não tem como ser ruim com uma história perfeita. Os atores? Nunca vi na frente, o que não tá desqualificando. Deram um show. Arrebentaram, sim! E acredito até que foram melhores que muitos renomados. As imagens, o cenário? Qualidades excelentes.

O melhor de tudo é que o Amir agha é igualzinho ao da minha imaginação. Hassan, não. Se quer saber, ele era até mais bonito no filme do que eu imaginava. Mas digo dessa beleza que o mundo leva, porque a beleza que ninguém nos rouba... ah, como ele é apaixonante!

Fica aqui minha recomendação. Não deixem de ver o filme e, se querem mesmo ter uma história de amor com esse roteiro, leiam o livro. Tenho certeza que não vão se arrepender.

As minhas conclusões sobre essa história? Deixa pra um próximo post porque ela exige muito do meu emocional e, neste momento, eu só ouço meu estômago!

Golinhos ácidos, meus mimos!
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"- Já menti para você, Amir agha?
De repente, resolvi implicar com ele.
- Sei lá - respondi. - Já?
-Mil vezes comer cocô! - exclamou ele com ar indignado.
- De verdaded? Você faria isso?
Ele me lançou um olhar desconcertado.
- Faria o quê?
-Comer cocô, se eu mandasse - respondi. Sabia que estava sendo cruel, como naquelas vezes em que debochava dele quando não conhecia uma palavra qualquer.[...]
- Se você mandasse, faria, sim - disse ele afinal, olhando bem para o meu rosto. Baixei os olhos. Foi aí que descobri como é difícil olhar diretamente nos olhos das pessoas como Hassan, essas pessoas que dizem sinceramente o que pensam. - Mas fico imaginando... - acrescentou ele. - Será que algum dia você me mandaria fazer uma coisa dessas, Amir agha?"

17 de abr. de 2008

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Tô indo ver O Caçador de Pipas. Depois eu conto t-u-d-o. Prometo!
Só não vou precisar contar se chorei ou não, isso aí vocês já devem imaginar!

Um golinho ácido.

15 de abr. de 2008

Laura, o telefone e o paradigma.

- Oi, querida! Não vejo a hora de te encontrar, sentir seu cheiro e o seu sorriso bem pertinho de mim.
(- Você me ama?)
-Eu também! E quando há a possibilidade de você voltar?
- Ainda não sei, mas acho que só no próximo mês.
(- Você me ama?)
- Entendi. Vamos ver o que vai dar. Quando você vier, a gente conversa.
- Algum problema?
(- Você me ama?)
- Nenhum, mas to confusa.
- O que é isso, menina! Eu te quero muito, você sabe disso.
(- Você me ama?)
- É que o verbo querer é muito amplo e eu não consigo entender em que sentindo você diz tanto isso.
- Não complica, não, paixão. Quando eu for, a gente se entende.
(- Você me ama?)
- Mas não em 4 palavras, certo?
- Você entende que te quero?
(- Você me ama ou só quer me levar pra cama?)
- Entendo, mas já expliquei sobre o 'querer'. Posso entender de uma maneira que não seja a real.
- É melhor não pensar.
(- Você quer cama.)
- Beijo.
- Laura? Laurinha? Laura, desliga não, meu bem... por favor...
(Tu tu tu tu tu)

Depois desse diálogo, Laura resolveu que tava na hora de tirar as próprias conclusões, reais ou não, mas que seriam muito dela e só ela decidiria o que fazer com suas perguntas. Não estava disposta a abrir mão de seus ideias e não queria mais ter marcas dos relacionamentos que havia se permitido.

Acordou decidida no dia seguinte. Permitir-se-ia viver e somente viver, sem questionar nada sobre amor eterno, sexo transcendental ou paixão fulgás. Sabia que ia ser mais uma jornada difícil, mas estava muito diposta a modificar o paradigma.

Laura deixará de lado toda sua moral cristã e passará a viver dos desejos mundanos.
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"De noite, na cama, eu fico pensando
Se você me ama... E quando
Se você me ama, eu fico pensando
De noite na cama... E quando."
(Caetano Veloso)

13 de abr. de 2008

Memezinho

A Nica me fez uma surpresinha hoje, quando entrei por aqui. Ela me intimou deu DOIS MEMES por falta de um, lógico.
Então como eu sou uma pessoa muito bacana legal, linda, simpática, postei hoje mesmo!
Talk Show - Perguntei daí, que eu respondo daqui:

Nica: Por que resolveu criar um blog?
Ná: Sempre gostei muito de escrever. Comecei com um fotolog, mas já tava cansada de colocar fotos e ninguém ler o que tava escrito além da imagem...

Ni: O que te dá mais prazer em blogar?
Ná: O prazer em perceber que algumas agonias não pegam só a mim, que a minha loucura não é tão distinta e que as pessoas, por mais distantes que sejam, elas são próximas umas das outras no dia-a-dia, no sentir, no pensar, no querer e no não aguentar também. É muito bom perceber que as nossas palavras têm um grande poder.

Ni: Indique um blog bom e um blog que você não gosta (essa vai ser difícil) e por quê?
Ná: Existem muitos blogs que eu acho bons. Seria injusto citar um só. As pessoas que mantenho nos meus mimos são espetaculares, elas escrevem coisas gostosérrimas de ler, mesmo! Mas, se tenho que citar um, deixo aqui P.S: Palavras e Silêncio, antigo Draptomania, que ganhou nome e cara nova, mas que continua sendo uma gostosura!
Um blog ruim? Não sei dizer, geralmente não chego até o fim da leitura e não guardo o nome pra não correr o risco de voltar depois! rs

Ni: Qual tipo de música, e quais são suas bandas favoritas?
Ná: Gosto de tudo que é bom. Não sou preconceituosa, mas não gosto de pagode e sertanejo. Na boa, é só uma questão de gosto mesmo. Gosto de MPB, desde o início, com Elis e Tom até os mais atuais, como Maria Rita. E Amo U2 e Los Hermanos. Acho que posso separar essas duas como preferidas. Eu choro ouvindo o Bono Vox e sem motivos! Choro só pelo fato da voz do cara ser tudo de bom nessa vida.

Ni: Qual o assunto que você mais gosta de postar?
Ná: Não sei se tem um assunto que seja mais pertinente. Gosto de postar o que eu tenho aqui na cabeça no momento. Gostaria de conseguir expressar os sentimentos com mais facilidade, de ter palavras legais, bonitas, de saber utilizar mais metáforas... mas eu não consigo. Tô tentando e vamos ver o que vai dar. Como diz Fernando Anitelli, "Eu não sou Chico, mas quero tentar."

Ni: Seaquinevassevoceusavaesqui?
Ná: Nãomascomcertezaeumorreriadefrio.

Ni: Você é: casado(a), solteiro(a), separado(a), enrolado(a), desquitado(a), viúvo(a) ou outros?
Ná: Sou casada com meus sonhos, solteira por ocasião, separada umas trilhões de vezes, enrolada aos finais de semana, desquitada duas vezes, chutada e viúva uma única vez e ao mesmo tempo.

Ni: Por que você deu este nome ao seu blog?
Ná: Quando resolvi que seria uma porqueira blogueira, não sabia que nome dar ao bloguesito. Então lembrei de uma coisa que aconteceu aqui na minha cidade. Um menino que tomou soda cáustica que estava guardada numa garrafa de refrigerante com rótulo, e pensei na ironia gigantesca do destino do muleque, né!? Pensei também na situação do país e do povo, que é muito parecida com essa ingestão de muita Soda Cáustica dissolvida num pouco de Guaraná pra disfarçar... e foi isso que deu. Ah, também gostei da sonoridade da coisa! rs

Ni: Qual foi o último blog que você visitou?
Ná: O da Nica mesmo, pra pegar as perguntas que eu teria que responder.

Ni: Por que resolveu participar deste meme?
Ná: Como eu disse lá em cima, porque eu sou bacana linda, legal e simpática, e não quis deixar a Nica na mão. :)

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E neste momento, vou responder ao SEGUNDO MEME que Nica me intimou deu para responder:

- 6 músicas que marcaram a minha vida. Mas, pera lá, só 6, pow!?

1. Papel Machê, do João Bosco. Cresci ouvindo essa música. Meu pai sempre foi músico e, quando eu era bem pititica, gostava de ficar o escutando cantar... essa música ele tinha até gravada e eu ia ouvindo no carro...

2. Wave, do Tom Jobim. Gosto do Tom, sempre gostei. Talvez pelo fato de ter crescido numa família onde a música colocava a comida na mesa, eu tenha adquirido um gosto musical um pouco apurado clássico. E o Tom foi alguém que me fez crescer, mesmo depois de sua partida. Crescer de estatura e de poética, sabendo que "fundamental é mesmo o amor".

3. Me Chama, do Lobão. Simplesmente porque passei noites e noites da minha adolescência chorando e ouvindo essa música, mesmo que "nem sempre se veja lágrimas no escuro".

4. With or Without You, do U2. Um clássico. Não tem nem explicação pra isso.

5. Eletrical Storm, do U2 também. Acho que o motivo dessa música ainda fazer parte da minha vida e ser, inclusive, o toque do meu celular é a tempestade que existe dentro de mim. Ela não é elétrica, mas é tão temível quanto as noites de raios e trovões.

6. História de uma Gata, do Chico Buarque. Porque ele não pode faltar na minha vida e essa música é a coisa mais linda de se ouvir, pensando nos valores que o homem impõe à gata e na tentação que vence, além da liberdade que os gatos cantam. Eu viajo na minha interpretação, mas gosto de pensar que nós somos os gatos, tentando fugir dos valores da sociedade: detefon, almofada, trato e um filé - mignon (ou até um bom filé de gato!).

Agora a parte MAIS LEGAL de todas: Passar a bomba os memes adiante.
And the Oscar goes to , já que falei bem dela aqui, porque não presenteá-la com essas bombas Gostosuras?

Golinhos ácidos, mimos!

11 de abr. de 2008

Plaft!

Ser professora é algo que muito me realiza, me faz feliz verdadeiramente. Gosto de entrar na sala de aula e olhar pra cada rostinho que me aguarda. E eu definitivamente amo as 5ªs séries. Gosto de ver que há muitas coisas que posso fazer por outras pessoas e perceber que, mesmo tão pequeninas, elas têm muito pra me ensinar.

Ao mesmo tempo que minha felicidade se eleva, alguns rostinhos e marcas começam a apontar na minha realidade

Hoje eu conheci a compaixão gigantesca, talvez algo que eu não havia experimentado ainda, compaixão essa que me foi apresentada por um menino de 13 anos, frequentador da 5ª série, um caso comum no Brasil, mas não tão comum à minha vida.

Quando cheguei na sala de aula, não percebi nada de diferente. Passei o objetivo da atividade na lousa e até aí tudo bem. Foi somente no momento em que sentei na cadeira que percebi o pequeno abrindo o caderno de desenhos.

- Opa, peraí. E o livro? Não vai fazer os exercícios?

- Professora, professora. Ele só faz desenhos, ele não escreve nada! Consegue copiar letra por letra, mas não entende a palavra.

- Como assim? Como é seu nome?

- Arlindo, pofessora.

- Arlindo, querido, por que você não faz a atividade?

- Eu gosto só de História, da matéria, sabe, pofessora. E de desenho. Gosto mesmo é de desenhar.

- Você não faz atividade por que não quer ou por que não consegue?

- Na outra escola, a pofessora não me ensinava nada, eu sei as letras, mas não consigo juntar elas.
Arlindo tem cinco irmãos, mora num bairro 'carente' aqui da cidade. Ele já contou que não tem escova de dentes e nem sabonete, que já foram providenciados. Arlindo já comeu papel por que tinha fome e não tinha comida. E ele gosta de desenhar.

Arlindo é o menino do rosto manchado, sofrido, com marcas que a vida só mostra pra algumas pessoas. Ele é o menino que precisa de atenção pra não ser mais marginalizado do que já é pela sociedade (e pelos próprios familiares). É o menino que me fez chorar ao escrever sobre ele. E é o menino que despertou a minha sensibilidade para o mundo real, que me colocou fora da bolha em que eu vivia, achando que todo mundo tinha em casa comida e água pra tomar banho.

Arlindo é o menino que me fez perceber que a vida é um soco no estômago, sim! Que ela é implacável e não perdoa os sobreviventes.

Eu havia montado um esquema todo teórico pra explicar que o caso do menino era de alfabetização, mas isso, agora, é o de menos. O meu esquema teórico me mostrou que nenhuma teoria poderá superar a complexidade do ser humano, desde os irmãos que maltratam o garoto até ele, que consegue viver num mundo onde é artista.

Arlindo seria um objeto de tese interessantíssimo se não fosse um SER HUMANO tão necessitado de ajuda e atenção...

Espero do fundo do meu coração que Arlindo seja o protagonista do filme dele.

A minha parte, eu pretendo fazer. Não estudei nada para ser alfabetizadora, mas nada me impede de tentar.

Se depender de mim, o destino tão manjado que esse menino já possui escrito vai ser reformulado e nós vamos conseguir reescrever a história dele.
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"Imaginem todos vocês
Um mundo bom que um beatle sonhou.
Peçam a quem fala Inglês
Versão da canção que John Lennon cantou."
(Toquinho)

10 de abr. de 2008

Querida Cecília,

Não consigo te mandar nenhuma palavra animadora pois, desse forma não se encontra meu espírito. A vida tem superexigido de mim, esquecendo que serei uma equilibrista na corda bamba até o fim. Sei que tenho de fazer isso mostrando ao público um falso sorriso de calma e facilidade, como se na vida não tivesse feito outra coisa porém sabendo que sempre será a primeira vez, e a mais perigosa.

Te admiro Cecília e, porisso[sic], peço que não desista de passar pela janela! Apenas aconselho que vá devagar, para não cair do outro lado.

Fico feliz em saber que sua alma está mais sossegada (mais que a minha, aposto!). Esse sentimento de grandeza que você acha que está perdendo talvez agora é que você esteja adquirindo. Sua predisposição para ficar calada não é propriamente uma novidade: a novidade é estar aceitando, inclusive, o silêncio. É bom isso, dá mais paciência, mais compreensão, dá mais sentimento às coisas - e dá grandeza.

Quando sentir vontade de falar, escreva-me, Cecília. Fale de você, fale muito de você. Nunca tenha medo de falar de você para mim.

Eu? Acho que recomeço a viver. Vamos recomeçar juntas?

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"Estou sentindo uma clareza tão grande

que me anula como pessoa atual e comum:

é uma lucidez vazia, como explicar?"

9 de abr. de 2008

A profissão, o tempo e a doidera.

Tá, que eu não sou um exemplo de sanidade, todo mundo sabe! Mas me chamar assim de louca na cara dura, ah, já é uma provocação, né!?

Quando eu era mais nova, minha mãe dizia: "Filha, vai estudar e ser médica, bem... isso vai ser muito melhor pro seu bolso, pro meu bolso e pra sua saúde."

Lógico que, como toda boa filha, eu não ouvi minha mãe! E adivinhem? Ah, adivinhem bogaria nenhuma, você já sabem... fui ser professora.

Na faculdade, tudo era muito legal. Eu gosto de estudar, de ler, de saber sobre acontecimentos artísticos - históricos. O único problema é que eu não sabia que gostar de tudo isso ia me colocar à frente de 40 alunos, na maioria dasveiz, um bando de desinteressado e babacas.

Ontem fui dar aula num 2º ano do Ensino Médio e me deparei com meia dúzia de adolescentes que pareciam ter vindo da 5ª série! Queria matá-los, eu juro! E, pra ajudar, uma maluca perguntou minha idade e disse que eu era realmente louca de estar ali, à frente deles. Isso é pra gente ver que a consciência de que eles são uns tormentos, todo mundo tem, mas ninguém faz merda nenhuma pra mudar e melhorar a situação da classe de alunos e diminuir o stress dos maluco dos professores.

Entretanto, eu sou controlada. Minha mãe sempre diz que Deus é muito sábio, pois não me deu tamanho e nem força suficiente e, sendo assim, eu sou obrigada a me controlar. Do contrário, já teria espacando meus irmãos e meia dúzia de baguás.

Desse jeito, um dia vou me sentir como o poeminha da Cecília Meireles, que se chama Retrato. Pra quem não sabe do que eu tô falando (que acho muito provável ser maioria, até porque eu também não conhecia), vou colocar abaixo, como de costume, sabem?!

Só pra terminar, eu ando bem sem tempo. A vida de miserê acabou e eu tô tendo que trabalhar. Ainda bem, porque assim o meu oriehnid dá pra, pelo menos, pagar a minha Pós-Graduação!

Um golinho ácido para todos vocês.
"Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
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Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
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Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
-Em que espelho ficou perdida
A minha face?"

7 de abr. de 2008

Nárnia

Como toda inspiração demora pra surgir (e ainda surge quando estou na cama), também me senti no direito de demorar um pouquinho. O texto anterior, Sobre Cecília, é meu. Escrevi um pouco sobre ela por que sei que todas nós temos uma Cecília dentro da nossa alma.

Mas tô aqui pra dar uma dica. A primeira vez que conheci o nome, foi no cinema. As crônicas de Nárnia: o Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Depois disso, resolvi comprar o livro. Achei vários volumes, afinal, as crônicas são dividas em 7 volumes e, por sorte, achei um promoção: Adiquirir o Volume Único. Nem pensei duas vezes. Comecei a ler assim que ele chegou e o primeiro choque: o início de tudo não está n´o Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa. O primeiro volume é : O sobrinho do Mago. Mesmo com essa pequena diferença, o filme não deixou a desejar. E o livro... Ah! O livro é sensacional! Me apaixonei perdidamente por Nárnia e, mesmo que me achem uma maluca, eu queria um guarda-roupa só pra poder passar umas horinhas por lá!

Hoje acabei de ver o novo filme que vem por aí: Meu Monstro de Estimação. Na hora eu não consegui lembrar qual seria a parte que não li! Como assim!? Eis que surge o nome em inglês: The Water Horse. Pois bem, acredito que esse filme seja equivalente ao volume III - O Cavalo e seu Menino.

Quero ver o filme, juro! Quero sim. Mas agora me bateu uma vontade tãoo grande de ler novamente o livro. E... bem, da primeira vez, chorei muito. É sério!

Os livros não foram escritos na ordem em que a história se desenvolve, sabe... é até um pouco complicado imaginar como o Lewis conseguiu tantas idas e vindas sem perder a noção do que já havia feito.

Taí minha dica. E acho que vale a pena conferir. Eu, se fosse vocês, optaria por ler As crônicas antes mesmo de assistir aos filmes. Seria bem mais saboroso depois comparar se a sua Lucy é tão fofa quanto a do filme.

Open Up Your Eyes - Jeremy Camp (soundtrack Narnia)
(Não esqueçam de parar o som do blog ali embaixo, logo após ao book collector!)

5 de abr. de 2008

Sobre Cecília

- Cecília não quer falar mais comigo.
- Não, você não a deixa respirar.
- Não queria sufocá-la.
- Mas você não entende. Essa conversa só vai machucar.
- Não acredito que a machuque.
- Como não, menino!?
- Já me esqueceu.
- As suas afirmativas são mais convictas que as da própria Cecília.
- Tenho vontade de vê-la, mas ela já se deu o presente que tanto queria. Conseguiu me tirar de sua vida.
- Será que Cecília te esqueceu ou apenas sabe das limitações que possui? Ela sabe até onde quer chegar. Já sentiu vontade de te ver, te ligar, saber como estava, mas não queria te magoar mais, não queria reanimar em você a esperança de tê-la de volta. Você joga com os desejos dela.
- Ela acha que vai me esquecer assim?
- Se não te esquecer, pelo menos não vai te magoar...
- Mas o que acha que sou? Um bobo, para que possa me magoar?
- Não, te acha humano.
- A Cecília deve achar que sou pouco comparado a ela. Só pode ser isso, com aquela mania de grandeza, de mundo, de gaiolas pequenas...
- Como é que vou te convencer do contrário, se você acredita no que quer e não no que é de fato?
- Ela desviou meu caminho. Não consigo entender...
- Talvez você não a ame como imaginou, talvez seus sonhos nunca tenham sido distruídos pela pessoa que mais amou, ou, talvez, você nunca tenha esperado nada de ninguém.
- Mas se não fosse essa maldita viagem que pretende, arrumaria um outro motivo pra se ver livre de mim.
- Se não fosse, é introduzida por uma conjunção condicional e essa conjunção não existe nos planos de Cecília. ELA VAI. Não existe outra possibilidade.
- Não gosta de mim...
- De novo uma afirmação sobre o sentimento de outra pessoa. Você deveria se limitar a falar sobre o que você sente. Não sabe o que acontece dentro dela. Não tem o direito de dizer o que ela sente ou não. Aliás, não tem o direito de ser cruel com Cecília.
- Eu não queria tê-la encontrado, muito menos conhecido.
- Ela não tem culpa.
- Tem! Tem toda a culpa porque tirou algo de mim!
- Não pegou nada de você.
- Sou egoísta.
- As pessoas precisam de sonhos.
"Mesmo que pareça todo e sem sentido, eu ainda brigo por sonhos. Eu ainda brigo".
- Foi um erro do destino ter conhecido Cecília. Sempre soube que vivia em outro mundo, e continuei. Que erro!
- Se continuar foi um erro, porque insiste?
- Não sei. Tenho raiva disso.
- Cecília não pode passar por cima do que é e do que acredita para viver uma coisa momentanêa a seu lado.
- Eu sou mesmo assim inconstante. Não sei do amanhã.
- Ela precisa de chão, de solidez. Por mais que você pense em sonhos como algo subjetivo, os dela têm alicerces.
- Eu transformo esse chão no hoje. Também tenho sonhos, mas eles são realizados dia após dia. Não os guardo como ela faz, deixa de viver o presente pelo futuro.
- Cecília acredita que o presente constrói o futuro. E isso exige um caminho e escolhas. Fez a escolha, e você não pode culpá-la por isso.
- Não culpo.
- Condena. Por quê?
- É verdade. Peço desculpas. Já está vivendo sua escolha, e eu ainda não acatei.
- O problema é que você julgou Cecília. Não procurou entendê-la, mas fez dessa situação um jogo para não ver a realidade.
- Eu já me decidi sobre isso. Tenho que tirá-la da minha vida, evitar qualquer encontro...
- E não poderá te condenar por isso.
- Claro, pode lavar as mãos sempre, para não sentir culpa.
- Por que se sentiria culpada? Por escolher os sonhos à você?

4 de abr. de 2008

Idiotas en la calle.

Definitivamente, eu odeio gente idiota. Principalmente no trânsito.

É incrível a capacidade que as pessoas têm de perder a paciência. Não é? Parece que nasceram dirigirindo ou, então, sempre conseguiram ter o domínio pleno de seus 'super - automóveis'. Exatamente. Super - automóveis.

Geralmente, as pessoas que mais nos desrespeitam são aquelas que andam com seus 'carrões'. Não importa o tamanho do carnê que eles têm na gaveta e nem se as prestações estão em dia. Importa que eles desfilam com os carros pra lá e pra cá e ainda acham que são donos da rua. Pode até ser que eles guardem suas 'máquinas' embaixo de lonas ou telhas brasilites. "Mas e daí? Só estão vendo meu carro mesmo."

Hoje tive um problema com uma dessas vacas que desfilam por aí com o carro do marido (corno, diga-se de passagem). Saiu de um buraco, arrumou um marido sapateiro. Pode até ser que no ano que vem a fábrica dele vá a falência, mas este ano ele vai andar de Audi (que já virou popular aqui na minha cidade). Eu tenho um carro velho. Isso. Ele só não é mais velho que eu por questão de alguns anos, mas ele anda e tá pago, né?! E sabe que até tá em bom estado... acho que tá mais conservado que eu . O problema mesmo é a pecinha que estava atrás da direção. No caso, essa que vos fala. Matei o carro (afogamento sem piscina). Ah, nem foi tão grave assim. Estava num PARE, esperando o outro carro completar a 'rodinha', coisa que mais tem na cidade ultimamente também. O lado esquerdo estava livre. Por que a tia não passou por lá? Porque ela queria parar atrás de mim e dar aquela buzinadinha simpática, sabem? E o que aconteceu? Demorei mais um pouquinho. Afinal, quem tá com pressa e não quer passar pelo lado esquerdo, que passe por cima!

Eu não estava totalmente errada, lógicamente não era de todo certa, mas se ela estava com tanta pressa, precisava desviar o caminho para me fechar? Aham. Essa gentalha que nunca teve nada age dessa forma depois que ganha um oriehnid (leia de trás para frente). Não digo pela questão material, gente. Eu tô falando é de BERÇO! Sabe PAI E MÃE? Pois é. Faltou pra ela. E se a Vaca não me deixou em paz, eu tbm não fiquei quieta. Pedi pra que ela passasse por cima, se fosse o caso. Acho que ela não gostou muito, mas resolvi ignorá-la e ela foi embora. O problema é a raiva que fica da biscate que xingou a minha mãe, coisa que ela não teve. Tudo bem, uma hora ela vai perceber que não pode fazer isso, até porque pega alguém esquentadinho que, se tiver uma arma no carro, dá um 'head shot' na bruaca.

Por isso, meus consumidores, sejam pacientes e entendam que as outras pessoas, nem sempre, conseguem tirar o carro de primeira do lugar. Paz no trânsito. Não vamos perder mais vidas do que ele já nos leva, ok!?

Um golinho pra todo mundo.
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"Toda fechadinha será castigada."

3 de abr. de 2008

Dúvidas...


A primeira notícia que vi hoje de manhã, assim que acordei, foi a prisão decretada do pai e da madrasta da pequena que caiu da janela do apartamento. Isso me fez recordar o caso Maddie. É, a Madelaine mesmo, aquela menininha inglesa lindaaa de doer que sumiu no resort em Portugal.

Essas notícias são piores que Soda Cáustica, gente! Eu não consigo acreditar que alguém, muito menos os pais, teve a coragem de fazer qualquer coisa atentando contra a vida delas. Por piores que fossem, por mais trabalho que dessem, não é possível que as pessoas sejam tão inescrupulosas a ponto de matar os próprios filhos. Ou são? Assim como os cães, que rejeitam um na ninhada? Não, os cães ainda têm perdão. Irracionalidade é um adjetivo animal. Apesar de alguns cães serem mais racionais que os próprios donos...

Eu gostaria muito que tudo fosse provado contras as evidências da perícia. Sério... por que eu ainda acredito no mundo, na humanidade... e o que será das minhas crenças se comprovarem o envolvimento do Pai de Isabella? Elas ficarão abaladas, com certeza.

Se esse pai teve a coragem de fazer o que foi feito, espero que ele pague um preço muito alto por isso. Não trará a menina de volta, mas ele não pode ter a oportunidade de continuar...

E no caso Maddie, alguém aí acha que foram os pais? Eu não acredito, não... Mesmo depois de tanto tempo, gostaria muito que a menina fosse encontrada e estivesse bem. Me recuso a acreditar que ela morreu ou que os pais têm alguma coisa a ver com essa história chocante.

Aliás, eu tô me recusando a acreditar nessas verdades que andam dizendo por aí...

(Isabella Nardoni, 5 anos e Madelaine Mc Cain, 4 anos)

"Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
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Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez meu filho suspirar..."
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(Chico Buarque, Angélica)


BlogBlogs.Com.Br

1 de abr. de 2008

Diálogo dominical

- As crianças desenvolvem a linguagem sem que as ensinem. Outro dia estavam estudando a capacidade de pensar o pensar que uma criança tem e.... Bem, resolveram fazer algumas perguntas para as crianças. Primeiro, pediram que um menino definisse o que era um carro. Sua resposta foi insatisfatória. Respondeu que 'meu pai tem um e é vermelho'.

- Um carro tem quatro rodas e serve para levar a gente pros lugares.

- Isso mesmo, Gabi. Viu só, mãe. Uma menina também teve uma resposta mais inteligente que o menino. Perguntaram a ela o que era uma boneca.

- Boneca é um brinquedo, ué.

- Então, Gabi. Um brinquedo é qualquer coisa. Pode ser um fogãozinho, um carrinho. A outra menina respondeu que 'boneca é uma coisa que toda menina gosta de brincar e parece um bebê'. A outra menina teve uma resposta mais satisfatória que o menino. Já a Gabi conseguiu definir muito bem um carro e foi muita ampla na definição de boneca.

- Natália, se você não sabe o que falar então fica quieta, tá?

E foi assim que a Gabi acabou com a minha conversa sobre a linguagem.
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"Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
e também você e eu."
(Arnaldo Antunes)